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Portal Edicase
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 17:43
O câncer de mama também é uma realidade preocupante no universo pet — especialmente entre as gatas não castradas. Por isso, durante o Outubro Rosa, além de reforçar os cuidados com a saúde das mulheres, é importante lembrar que a prevenção também faz toda a diferença na vida dos animais de estimação. A castração, quando realizada no momento certo e sob orientação veterinária, é uma das principais medidas para reduzir o risco da doença e garantir mais qualidade de vida às felinas. >
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, cerca de 30% das gatas podem desenvolver tumores mamários ao longo da vida — e, na maioria dos casos, eles são malignos e exigem tratamento cirúrgico. Em machos, a doença é mais rara, mas também pode ocorrer. >
A médica-veterinária Mayara Andrade, da Biofresh — marca Super Premium Natural da BRF Pet —, explica que existe uma relação entre a atividade hormonal e a crescente incidência dessa doença em gatas. >
“Quando realizada no período correto, de acordo com a orientação do médico-veterinário, de maneira que não atrapalhe o desenvolvimento do trato genito-urinário, a castração diminui de forma significativa os estímulos hormonais que favorecem o crescimento das células tumorais mamárias. É uma medida preventiva simples, segura e muito eficaz”, destaca. >
Apesar de seus benefícios, muitos responsáveis ainda têm receio de castrar suas gatas por medo da obesidade, um dos efeitos mais comentados após o procedimento. A médica-veterinária explica que no procedimento ocorre a retirada da influência hormonal, o que leva à diminuição da taxa metabólica e, consequentemente, da necessidade energética de manutenção. Isso significa que, após a cirurgia, o metabolismo do animal fica mais lento e a demanda de energia diminui. >
“Se a alimentação permanece igual, há um desequilíbrio: o animal consome mais energia do que precisa e, com baixa atividade física, gasta menos energia também. Ou seja, isso leva ao ganho de peso e acúmulo de gordura por excesso de calorias, chamado de balanço energético positivo”, alerta. >
No entanto, segundo Mayara Andrade, é possível realizar a castração e manter o pet saudável e com peso adequado. “[…] Com uma alimentação saudável, adequada e equilibrada, além de um ajuste na rotina de atividade física, é possível manter o peso ideal e, consequentemente, garantir ao pet uma vida mais longa e saudável”, afirma. >
A profissional reforça que prevenir a obesidade é a melhor opção e que hoje existem alimentos formulados para atender às necessidades nutricionais e energéticas dos gatos castrados. Esse perfil de alimento, reduzido em calorias e gordura, tem maior concentração de fibras e proteínas de alta qualidade, o que ajuda a controlar o apetite e a manter a massa magra. “Além disso, esses alimentos contribuem também com a saúde urinária, que é outro ponto sensível em gatos castrados”, complementa. >
Além de ajudar na prevenção da obesidade — que é um estado inflamatório crônico capaz de causar alterações hormonais e aumentar os níveis de estrogênio —, a nutrição equilibrada também atua como aliada na prevenção de doenças, incluindo o câncer de mama. >
“Manter o peso ideal, oferecer uma alimentação de qualidade, atividade física e realizar consultas regulares com o médico-veterinário, garantindo, também, uma rotina de check-ups , são atitudes essenciais para promover longevidade e bem-estar dos pets ”, reforça a médica-veterinária. >
É importante ficar atento a sinais que podem indicar o câncer de mama em gatas, como nódulos ou caroços nas mamas, que podem ser percebidos pela palpação. Caso identifique qualquer alteração, o ideal é procurar o veterinário o quanto antes. >
“Mesmo com os avanços da medicina veterinária, o câncer de mama pode não ter cura ou migrar para outros órgãos. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo os maiores aliados dos pets na luta contra essa doença”, finaliza Mayara Andrade. >
Por Roberta Muller >