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'Quem matou Rogério Lenzi?': nova série com protagonista baiano faz o Brasil esquecer Odete Roitman

Na reta final de Vale Tudo, HBO Max estreia um thriller policial nacional  'Cenas de um Crime', que mistura Agatha Christie, jogo de tabuleiro e o bom e velho “quem matou?”

  • M
  • Moyses Suzart

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 06:00

Mistério, confinamento e crítica social: conheça ‘Cenas de um Crime’, nova série da HBO Max
Mistério, confinamento e crítica social: conheça ‘Cenas de um Crime’, nova série da HBO Max Crédito: Théo Doré / divulgação

O Brasil quer saber: afinal, quem matou Rogério Lenzi? No hype da semana decisiva de Vale Tudo, a HBO Max lança nesta quinta (16) a sua mais nova produção genuinamente brasileira sobre mistério policial: ‘Cenas de um Crime’. A trama, dividida em oito capítulo e que tem o baiano Fabrício Boliveira como um dos investigadores protagonistas, fala sobre o assassinato de um milionário empreitero dentro de sua mansão. Mas a semelhança com Odete Roitman acaba aí. A história mergulha num universo do melhor estilo Agatha Christie e faz o público retornar aos tempos de casa de veraneio na Ilha de Itaparica jogando o jogo de tabuleiro Detetive, em que cada pista é jogada ao público como doses homeopáticas, fazendo você se questionar e juntar pistas até saber se realmente a culpada foi “Dona Violeta com o castiçal”.

“Bem observado. Foi esta mesma sensação que tive quando li o roteiro. De estar dentro do jogo Detetive. Em vez do Coronel Mostarda, temos o general; em vez da Dona Violeta, temos a Maria Eugênia. A série é essa sensação gostosa de jogo, de mistério, de tentar adivinhar o culpado junto com os personagens”, conta Izabel Jaguaribe, que está na direção geral da obra.

O CORREIO assistiu os três primeiros episódios e já podemos adiantar, sem spoilers: a série está desprovida de rodeios e firulas. Com um roteiro com bastante diálogo e cenas fechadas, dá a impressão de você circular dentro da cena do crime, incluindo o local onde está o defunto e acompanhando cada movimento dos personagens.

Mistério, confinamento e crítica social: conheça ‘Cenas de um Crime’, nova série da HBO Max por Théo Doré

Rogério Lenzi é brutalmente assassinado no seu banheiro e a dupla de policiais civis, André (Fabricio Boliveira) e Bárbara (Débora Nascimento), recém-separados, vão até o local do crime, em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro, que chove bastante. Como se não bastasse, um deslizamento de terra deixa o local ilhado e os personagens confinados na cena do crime, junto do corpo jogado no banheiro, incluindo outros policiais e os principais suspeitos. Um cenário ideal para um tabuleiro de especulações do já tradicional estilo “quem matou?”.

“A ideia do confinamento, quase tudo dentro de uma única locação, foi um desafio, mas virou um trunfo. Esse ambiente fechado permite mergulhar mais fundo nos depoimentos, nos personagens e nas interpretações. A gente se dedica mais radicalmente à dramaturgia, cria o mistério e instiga o espectador até o fim, soltando as pistas aos poucos”, explica Izabel, que também transforma o lugar em parte da trama. “A própria casa se torna um personagem. É um espaço que te prende e o espectador sente como se estivesse ali dentro também, se movendo entre os cômodos, acompanhando cada interrogatório”, completa.

Sem mordomo, a lista de suspeitos é variada. Entre os possíveis assassinos, estão o filho adotivo e jogador de futebol, Igor, sua esposa Maria Chuteira, Marcela, a filha do defunto, Maria Lenzi, que é deputada do Centrão, além de um vizinho e o ex-secretário de segurança amigo da família. Até o próprio policial André, interpretado pelo baiano Boliveira, é cercado de mistérios, que vão aparecendo ao longo da trama. Seu jeito truculento e ao mesmo tempo investigativo deixa um certo paradoxo sobre o policial, que já foi casado com a parceira Bárbara. Uma verdadeira dupla CSI.

Veja o trailer:

“Acho incrível poder fazer o público participar dessas pequenas pistas que a gente vai deixando pelo caminho. Como o gênero policial já é conhecido, tudo o que fazemos em cena ganha significado: um olhar, um gesto, até uma pausa no café pode dizer algo sobre o mistério. O público adora se sentir parte disso, juntar as peças, prever o que vai acontecer. É como se ele também fosse autor da história”, diz Fabrício Boliveira.

O baiano ainda lembra que, apesar do cenário fechadinho, a trama também carrega questionamentos sociais genuinamente brasileiro, como o diferente tratamento policial quando dialogam com a suspeita deputada, contra o tratamento dado ao filho adotivo, que é negro e é o único algemado.

“E o mais interessante é que, dentro dessas minúcias, conseguimos apresentar outros recortes, provocar reflexões. O gênero serve como base para discutir questões sociopolíticas e culturais que são muito nossas, brasileiras. Cenas de um Crime é um grande entretenimento, mas também convida o espectador a pensar sobre o mundo que a gente vive”, reflete Fabrício, que lembra um fato curioso na trama: nada de tiro, bomba e perseguição típico de um filme policial como Tropa de Elite. Até onde vimos, zero tiros.

“Mostramos uma polícia que, mesmo com seus problemas, tem o lado investigativo. Saímos da trama de tiros e explosões policiais para uma polícia civil que não precisa atirar, tampouco matar, para solucionar um crime”, lembra.

A cada semana a HBO Max libera dois episódios ao público, nas quartas. E não está descartado uma segunda temporada, com um novo crime a ser solucionado pelo casal CSI. Para quem não tem muito tempo para maratonar séries, outro ponto positivo: são episódios relativamente curtos, com 30 minutos de duração, em média.

Produzido pela Zola Filmes, Cenas de um Crime tem direção geral de Izabel Jaguaribe e direção de Giovanna Machline. A série foi criada por Rafael Spínola e o roteiro foi escrito por ele em parceria com Gustavo Bragança. Juntos, escreveram outras tramas como "Senna" e "Impuros". Rafael ainda escreveu "DNA do Crime", e "Arcanjo Renegado", enquanto Gustavo escreveu "Bom Dia Verônica". Joguem os dados e descubra o verdadeiro culpado desta trama policial.

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Série