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Da Redação
Publicado em 2 de março de 2017 às 23:40
- Atualizado há 2 anos
Foto: Divulgação/TV GloboPortelense apaixonado mas, até este ano, desiludido, Zeca Pagodinho resume assim sua reação à notícia de que sua escola havia quebrado o jejum de 33 anos sem título: "Quase me joguei pela janela!". Ainda que não se envolva com o Carnaval da escola, Zeca é parceiro e muito próximo da Velha Guarda. "Finalmente!", diz o portelense. >
"Ninguém acreditava mais, as pessoas não queriam mais ser Portela. Nem eu acreditei quando me disseram! Não esperava!", diz ele, que não assiste aos desfiles por achar que traz azar à escola. Paulinho da Viola, baluarte da escola de Oswaldo Cruz, também ficou emocionado. O enredo deste ano, sobre rios, faziam homenagem a ele e seu samba Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida.>
"Foi lindíssimo, mas o mérito é da Velha Guarda, dos portelenses, das pessoas que trabalharam o ano inteiro para isso acontecer, e que aguentaram todo esse tempo sem vitórias". Ao ser questionado sobre o que levou à vitória, Monarco, presidente de honra da escola, foi categórico: "Erramos menos", diz o composito. "A Portela passou certinho, não houve buraco, desarmonia entre canto e bateria, a escola brincou o Carnaval alegre e solta", diz o baluarte da azul e branco. Isso em um ano em que a Sapucaí teve o maior número de acidentes e problemas em carros de que se lembra, que deixaram mais de 30 pessoas feridas. A disputa foi tensa, com a Portela competindo ponto a ponto com a Mocidade Independente de Padre Miguel. O desempate veio no último quesito, enredo. >
Monarco diz que ainda está emocionado. "A Portela era uma escola desacreditada", lamenta. "Mas agora, tudo mudou. Essa Portela que está aí vai incomodar muita gente". Ele diz que o carnavalesco Paulo Barros, tido como um revolucionário da estética do Carnaval, deve permanecer na escola: "Em time que está ganhando, não se mexe".>