Salva-vidas trabalham dobrado no Carnaval; veja praias mais perigosas

33 ocorrências ligadas a afogamentos foram registrados desde quarta

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  • Lara Bastos

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 06:45

- Atualizado há um ano

Que a bebida alcoólica é inimiga da direção, todo mundo sabe, mas o que muitos ignoram é que beber e ir para a praia também apresenta riscos. Só na praia do Farol da Barra, um dos epicentros do Carnaval na cidade, foram registradas oito ocorrências de pré-afogamento entre a noite de quarta-feira e a manhã de ontem.

“O povo tem essa cultura de passar a noite na rua e vir tirar a ressaca na praia”, lamenta João Luis Moraes, coordenador de Salvamento Marítimo da Prefeitura de Salvador (Salvamar). Para preservar a vida do folião ressaqueado, foram montados seis postos da Salvamar no Circuito Dodô, de Ondina até o Farol da Barra. Ao todo, foram 33 ocorrências entre a quarta-feira e as 17h de ontem — em todo o Carnaval do ano passado, o número chegou a 260.Salva-vidas em alerta na praia do Farol da Barra(Foto: Marina Silva/CORREIO)Cada um dos postos conta com quatro salva-vidas, que trabalham em regime de plantão. Ao todo, 62 salva-vidas foram deslocados das praias entre o Jardim de Alah e Ipitanga. A operação vai até a próxima terça-feira.

Logo em frente à agência dos Correios, uma bandeira vermelha alerta para o risco de afogamento. O aviso sinaliza para o perigo de tomar banho próximo às pedras. Nesses pontos formam-se as correntes de retorno. “O pessoal se empolga por causa das piscinas que as pedras formam, mas não sabe que ali mora o perigo”, conta Jader São Pedro. O salva-vida explica que essas correntes podem carregar o banhista menos habituado em direção a alto-mar.

Os salva-vidas alertam que qualquer praia pode ser perigosa e que os banhistas devem pedir orientação antes de entrar no mar. Bandeira alerta para o risco de afogamento nas áreas com pedras(Foto: Marina Silva/CORREIO)“Não sabia que tinha esse perigo. A gente pegou um ônibus no hotel e viemos”, conta Vitoria Irala, 37 anos, que saiu do Paraguai para visitar Salvador. Segundo Moraes, as praias que registram mais ocorrências são Piatã e Jaguaribe, por conta das pedras, buracos e fortes correntes de retorno. Em Praia do Flamengo os banhistas também encontram dificuldades: “O relevo é muito íngreme”, diz.

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