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Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 16:03
- Atualizado há 2 anos
Vendedores ambulantes ateam fogo em papelão em pelo menos quatro pontos do circuito Dodô e atrasam a saída de trios. Bell Marques com o Camaleão saiu 40 minutos depois do horário previsto, que seria às 15h. O cantor Daniel Vieira, que desfilou num independente, também foi prejudicado. Trio do cantor Bell Marques saiu com 40 minutos de atrasoFoto: Mauro Zaniboni /Ag Haack/AgecomOs ambulantes alegam que o protesto é por conta da apreensão de objetos pessoais pelos fiscais da Secretaria de Ordem Pública (Semop) e também pela abordagem agressiva por parte da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal. "Não é contra a polícia, não é contra nada. O problema é só o 'rapa' e a atuação que eles estão tendo, que é irregular", explica o vendedor ambulante Manoel da Luz, de 54 anos. Segundo o ambulante, uma vendedora idosa foi ferida durante a ação da fiscalização e precisou ser levada ao posto médico.
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De acordo com a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, o protesto é por conta das apreensões de bebidas de marcas que são proibidas a comercialização nos circuitos. Ela destacou ainda que todas as normas do que podia e do que não podia foram acordadas antes do Carnaval. "É um movimento pontual de ambulantes que querem desestabilizar a festa e trazer transtorno", considera a secretária.Ambulantes queimam papelão na Barra, durante protesto, e atrasa saída de trios(Foto: Murilo Neves/Leitor Correio)Ela disse ainda que é difícil identificar quem são os ambulantes que estão por trás do protesto, mas que as ações da Semop são, principalmente, para evitar conflito. "Não é a nossa proposta causar conflito, o Carnaval é uma festa de alegria. O Carnaval é pacífico e ordeiro e nós vamos continuar com essa missão", disse Rosemma. O Correio tentou falar com a Polícia Militar (PM), mas ainda não teve retorno.
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De acordo com os ambulantes, durante o treinamento que tiveram para trabalhar na folia, a orientação é de que os fiscais só iam vistoriar os isopores. No entanto, eles estariam apreendendo objetos pessoais como mochila, banco, guarda sol, carrinho usado para transportar mercadoria e até quentinha de comida."Na reunião disseram que se alguém fosse para abrir mochila não era para deixar, porque eles não tinham esse direito", conta Michele dos Santos, 21. A ambulante diz ainda que a bolsa que levou com roupas foi revirada pelos fiscais e que teve um guarda sol e a comida que havia levado para almoçar apreendidos.
*Com informações das repórteres Lara Bastos e Clarissa Pacheco