Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Conto: A melhor entrevista que já dei

A história fala sobre a entrevista sensual que uma operadora de telessexo concedeu a um jornalista

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2014 às 08:12

 - Atualizado há 3 anos

Lembro de quando falei com ele pela primeira vez. Era um dia comum, estava trabalhando, quando o telefone tocou. Do outro lado escutei uma voz masculina. Até aí nenhuma novidade. Porém, o motivo da ligação não era corriqueiro. Ele se identificou como um jornalista e disse que queria me entrevistar. Minha reação foi um misto de espanto e vaidade. Senti-me muito importante! Só pensava em como minhas amigas morreriam de inveja. Aceitei imediatamente. Peguei seu telefone, ele o meu e marcamos de nos encontrar dali a dois dias num restaurante.Esses dois dias foram bastante tensos, fiquei pensando nas perguntas que ele me faria e nas respostas que eu daria. Fiquei fantasiando também em como seria a aparência do jornalista. Tinha a voz de um homem jovem. No máximo uns 30 anos. Transmitia segurança com seu tom grave e sua fala pausada. Fiquei tão animada com a entrevista que nem prestei atenção em como a voz dele era sexy. Caramba, melhor escolher uma roupa legal!Decote? Sim. Mas não tão profundo. Vestido? Claro, me deixa mais feminina. Acho que vou com aquele vinho de mangas compridas. Ele é curto na medida certa, não tão justo, tem um decote legal e as mangas cobrem um pouco de pele pra ele não achar que eu estou me exibindo. Salto? Óbvio! Sem salto eu não vivo. Só falta aquela maquiagem leve pra arrematar. Lin-da!! Foto: ReproduçãoO restaurante era legal, bastante discreto. Estava tão ansiosa que acabei chegando muito cedo.

- Te fiz esperar muito?, perguntou.- Não. Cheguei há pouco. Então, o que você quer de mim?, perguntei com um tom meio insinuante.- Bem. Primeiro vamos pedir uma bebida. Vinho?- Sim, respondiA partir daí só consegui prestar atenção nele. Eu havia imaginado que era bonito, mas me enganei. Ele era tão gato que eu nem sei como consegui me concentrar nas perguntas. Mentalizem: um moreno de, mais ou menos, 1,90m, olhos castanho-claros, porte atlético, super educado e pra arrematar: aquela voz...ai aquela voz que me fazia tremer por dentro.- Podemos começar a entrevista?, perguntou- Claro. Tudo o que você quiser...(trocadilhos são sempre bons). - Preciso saber tudo sobre sua profissão. Inclusive as histórias mais interessantes.Ele ligou o gravador e começou a perguntar. Quis saber quanto tempo eu tinha de profissão, como eu comecei a trabalhar nessa área, como foi a seleção da qual participei, como é a rotina de trabalho... Realmente, meu trabalho gera grande curiosidade nas outras pessoas. É uma mistura de operadora de telemarketing com atriz, só que tenho minha privacidade garantida. Sou uma famosa atendente de telessexo. Uau!!!De acordo com meu supervisor fui escolhida entre as outras candidatas por ser espontânea, ter cara de pau e uma voz sexy, qualidades essenciais na nossa área. Além de sensual, minha voz é versátil. Consigo fazer voz de menininha, de mulherão e até de homem se for necessário. Um talento nato!Respondi tudo o que o meu repórter perguntou e ainda dei um bônus, contando as histórias mais picantes das quais participei. Não poupei nenhum detalhe sórdido. Deu pra perceber que ele estava excitado. Estava desconfortável na cadeira, não parava de mexer no colarinho da camisa e apertar os dedos das mãos. Olhava fixamente para os meus lábios enquanto eu pronunciava as palavras. Até tentava disfarçar, mas era um péssimo ator! Evidente que eu estava adorando aquela atenção. Então, resolvi jogar um pouquinho de charme. Sentei mais próximo e comecei a cruzar as pernas e mexer no cabelo que nem a Sharon Stone naquele filme Instinto Selvagem. Ele estava muito interessado. Então, para dar uma esfriada, pedi licença e fui ao banheiro.Enquanto estava lá, escutei a porta se abrir e o barulho da chave trancando-a. Quando olhei, ele estava lá. Lindo, com aquele sorriso de canto de boca!! Não disse nada, só passou o braço ao redor da minha cintura, me puxou para perto e sussurrou no meu ouvido com aquela voz:- Preciso de mais algumas informações. Ele abriu o zíper do meu vestido. Quando percebi já estava nua. Senti suas mãos acariciarem minhas coxas, meus seios. Me encostou na parede e me tirou do chão. Transamos ali mesmo, de pé no banheiro de um restaurante.- Sem dúvida, foi a melhor entrevista que já dei.- Ainda tenho dúvidas. Preciso de mais informações.

* Emile Conceição é estudante de Jornalismo da Ufba e integrante do Programa Correio de Futuro 6