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Pedro Carreiro
Estadão
Publicado em 26 de junho de 2025 às 19:56
A seleção brasileira masculina de vôlei nem precisou forçar o ritmo para vencer a China por 3 sets a 0 (25/22, 25/16 e 25/23), nesta quinta-feira, em Chicago, pela Liga das Nações. Em vez de encarar um confronto duro, como se esperava, o Brasil enfrentou um time reserva escalado pelo técnico chinês, e aproveitou para manter o embalo antes dos duelos mais exigentes contra Itália e Polônia no fim de semana.>
Assim como diante do Canadá, mais uma vez Alan foi quem mais pontuou pelo Brasil, desta vez com 17 bolas certeiras (tinha anotado 15 na quarta-feira), sendo quatro em bloqueios. Honorato contribuiu com outros 13 pontos, com mais 10 de Judson. >
Antes de testar sua real força na atual edição da competição após cinco vitórias em seis jogos, o Brasil terá a sexta-feira livre nos Estados Unidos para aprimoramentos e estudos dos italianos, rivais do sábado, e dos poloneses, oponentes do domingo - ambos às 18h de Brasília.>
Querendo dar uma cara à seleção brasileira neste novo ciclo e buscando entrosamento, Bernardinho repetiu a escalação da grande vitória sobre o Canadá, na véspera, com a manutenção do oposto Alan na vaga do irmão Darlan. Manteve os ponteiros Lukas Bergmann e Honorato, os meio de redes Flávio e Judson, com Cachopa no levantamento e o líbero Maique.>
Enquanto o Brasil investiu em sua força máxima, a China usou escalação reserva para observar seu elenco. O técnico belga Vital Heynen, que chegou este ano, trocou todo o time para conhecê-lo melhor, em atitude que facilitaria a vida dos adversários.>
Arma brasileira nesta Liga das Nações, o saque rapidamente se fez valer no começo da partida, com dois aces e alguns contragolpes proporcionados. Mesmo diante de uma China poupando seus principais jogadores, o jogo era equilibrado.>
Quando o bloqueio verde e amarelo começou a aparecer, o Brasil rapidamente abriu vantagem de cinco pontos, já encaminhando a parcial. Cachopa dava show nos levantamentos. Mesmo perdendo a concentração em alguns momentos na reta final, o Brasil não teve trabalho para fechar a parcial em 25 a 22 com Darlan, que saiu do banco para definir o set. Alan e Honorato foram quem mais pontuaram para o País na parcial, com seis cada.>
A China iniciou o segundo set cometendo erros e vendo seu técnico pedir desafio equivocado, logo ficando atrás por dois pontos. Assim como na parcial anterior, o saque brasileiro causava agonia nos chineses e Heynen precisou parar o jogo com 11 a 7 de desvantagem.>
Soberano, o Brasil jamais permitiu reação no set. O meio de rede Arthur Bento ganhou minutos em quadra e mostrou seu talento com dois pontos de saques seguidos e depois fechando a parcial em 25 a 16 com ataque de fundo da quadra.>
Sair perdendo de cara no terceiro set por dois pontos de diferença não mexeu com a confiança dos brasileiros. Na verdade, motivou mais ainda os jogadores a 'soltarem o braço' e com dois pontos de Judson, veio a igualdade. Os asiáticos melhoraram, contudo, e até ace encaixaram.>
Bernardinho pediu tempo quando Darlan largou para fora e o Brasil ficou com três pontos de desvantagem pela primeira vez no jogo: 14 a 11. Sem esconder sua irritação, o técnico deu enorme bronca aos jogadores, pediu para conversarem e se entenderem em quadra.>
O time demorou a reagir, mas buscou a igualdade em 21 com bloqueio de Flávio, deixando a reta final da parcial eletrizante O primeiro set point foi do Brasil. E valia a vitória. Adriano entrou para sacar e fechou com ace.>