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Cantoria, apoio e emoção: como foi o embarque do Bahia antes de decisão pela Libertadores

Tricolores foram ao aeroporto prestar um último apoio ao elenco tricolor antes do jogo de quarta

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 12 de maio de 2025 às 20:48

Torcida fez festa antes da viagem do time para duelo decisivo na Libertadores
Torcida fez festa antes da viagem do time para duelo decisivo na Libertadores Crédito: Marina Silva/CORREIO

"Ninguém nos vence em vibração". Poucas frases traduzem a comunhão do Bahia com a sua torcida tão bem quanto esse trecho do hino tricolor. Talvez a explicação esteja na própria origem da música, criada pelo professor e jornalista Adroaldo Ribeiro Costa, torcedor fanático do clube, para animar as arquibancadas na década de 40.

Quase 80 anos depois, o elo entre o Esquadrão e a torcida segue vivo e dá novos exemplos de sua força. Um deles foi na tarde desta segunda-feira (12), quando centenas de tricolores foram ao Aeroporto Internacional de Salvador apoiar o time antes da viagem para Medellín, na Colômbia, onde o Bahia enfrenta o Atlético Nacional pela Libertadores nesta quarta (14).

O embarque foi acompanhado de muita festa, cantoria e vibração. As primeiras pessoas chegaram no aeroporto ainda no início da tarde. Por volta das 14h, a bateria da Bamor, principal torcida organizada tricolor, começou a dar o tom do que estaria por vir durante a tarde. Pouco tempo depois, eles formaram um corredor e soltaram a voz antes da chegada dos jogadores.

Entre os destaques na torcida estava o pequeno Miguel, 8 anos. Ele foi acompanhado pelo pai Janderson Cavalcante, 30, que conta que o menino faltou à escola para estar na despedida do time. Ele já havia ido para o aeroporto antes da viagem do Bahia para o jogo contra o The Strongest, em fevereiro.

“Miguel está sempre com a Bamor quando vai para o estádio. Para mim, é muito emocionante porque eu vivi o Bahia quase acabando, jogando Série B, Série C e devendo salário. A minha geração viveu esses momentos e agora ele pode viver uma Libertadores, com o Bahia podendo se classificar. Ser Bahia é isso, é esse amor, essa paixão e tudo isso é muito gratificante”, afirmou Janderson

Quem também estava no aeroporto foi o tricolor Luis Henrique Andrade, 26. Ele aproveitou que estava de folga no trabalho e foi acompnhar a partida do time. A paixão pelo Bahia surgiu ainda na infância e está marcada no seu braço, com uma frase que lembra o significado dessa história.

“É um legado de pai para filho. Meu pai me levava na Fonte Nova quando pequeno e hoje eu que levo o coroa. Eu espero que a torcida abrace o time e ele sinta a nossa energia para que a gente consiga o triunfo e passe de fase. Apenas os três pontos interessam e depois vamos com tudo no Ba-Vi", disse.

Luis Henrique tem a paixão pelo Bahia marcada na pele
Luis Henrique tem a paixão pelo Bahia marcada na pele Crédito: Marina Silva/CORREIO

Já o trio de tricolores composto por Alfredo de Paula, 46, Paulo Feitosa, 57 e André Mattos, 42 se preparava para uma viajem especial. Eles foram junto com a delegação tricolor para Medellín. Além da experiência de conhecer um novo país, eles esperam voltar para Salvador com o triunfo.

“Eu já vi outros jogos do Bahia como visitante, mas nunca fora do Brasil. Estava brincando com eles que o meu último jogo fora foi aquele 6x4 contra o Goiás, então, eu sou pé quente. Estou animado porque o Bahia competindo e jogando perto do seu máximo pode vencer qualquer um. Estamos vivendo um sonho e queremos prolongar ele o máximo, quem sabe até a final”, contou Alfredo.

“Estamos construindo tijolo a tijolo. Temos um elenco bom, o time está ficando coeso e tem conseguido manter o ritmo mesmo com a maratona de jogos. Percalços acontecem, mas estamos confiantes para essa partida”, completou André.

Trio de tricolores foram para Medellín junto com a delegação
Trio de tricolores foram para Medellín junto com a delegação Crédito: Marina Silva/CORREIO

A festa ficou completa às 15h, quando o ônibus do Esquadrão chegou, os jogadores desceram e se juntaram à multidão. Entre os mais animados estavam os volantes Jean Lucas e Caio Alexandre. Eles desceram do ônibus direto para os braços dos tricolores. Quem também recebeu um carinho especial foi o lateral Luciano Juba, o atacante Erick Pulga e os meias Everton Ribeiro e Cauly.

“Representa muito, é um carinho muito especial do nosso torcedor. Esperamos fazer o melhor lá na Colômbia e, se Deus quiser, já voltar classificado. Sabemos que será um confronto muito difícil, mas com o apoio da Nação Tricolor, vamos muito fortes para esse jogo. Queria agradecer o carinho, ficamos muito felizes com isso e é um grande combustível para nós”, agradeceu Caio Alexandre.

O último a descer do ônibus foi o técnico Rogério Ceni, que foi bastante tietado. Na saída do corredor, ele pegou o pequeno Miguel nos braços e parou para tirar uma foto. O menino ficou em êxtase e, bastante emocionado, soltou a voz com a torcida. “Foi muito emocionante, fiquei muito feliz de ter abraçado Rogério Ceni e ter visto o pessoal do Bahia. Espero que a gente ganhe de 3x1”, contou Miguel.

“A emoção dele foi surreal quando viu Ceni indo até ele e pegando ele nos braços. Começou a chorar e espero que esse choro seja de felicidade, de confiança e que possamos conseguir o triunfo”, emendou o pai do menino.

Rogério Ceni com um pequeno tricolor
Rogério Ceni com um pequeno tricolor Crédito: Marina Silva/CORREIO

“Isso é um combustível fundamental para seguirmos fortes durante a temporada. Vamos nos empenhar muito e lutar até o último minuto para, se Deus quiser, sair com o triunfo e voltar com o Bahia classificado. Sabemos que será uma tarefa difícil, então vamos com humildade e pé no chão para fazer o nosso melhor lá”, finalizou Caio Alexandre.

Buscando a classificação, o Esquadrão enfrenta o Atlético Nacional pela 5ª rodada da fase de grupos da Libertadores. O jogo acontece nesta quarta-feira (14), às 19h, no Estádio Atanasio Girardot, em Medellín. A partida terá transmissão do Paramount+.

Miguel ficou em êxtase após abraçar Rogério Ceni por Marina Silva/CORREIO