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Ceni detona postura do Bahia e diz que time 'marcou com o olho': 'Ridículo'

Tricolor baiano perdeu para Fortaleza e viu chance de vaga direta na Libertadores diminuir

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 08:37

Rogério Ceni
Rogério Ceni Crédito: Rafael Rodrigues/EC Bahia

O Bahia viu ruir a sequência de cinco vitórias na Arena Fonte Nova ao perder por 3 a 2 para o Fortaleza, nesta quinta-feira (20), em um jogo que terminou com Rogério Ceni extremamente irritado. O técnico não segurou as palavras ao analisar o duelo e chamou o primeiro tempo do time de “ridículo”.

Segundo Ceni, a equipe simplesmente não entrou em campo nos 45 minutos iniciais. “Fizemos um primeiro tempo muito ruim, fomos passivos, marcamos com o olho”, afirmou, ao reclamar que o Fortaleza encontrou espaços com facilidade. Ele questionou a própria equipe: “Por que tivemos que passar por um primeiro tempo ridículo desse para entrar no jogo só no segundo tempo? A postura do primeiro tempo não condiz com o time que nós somos”.

A reação na etapa final - com gols de Willian José e Tiago - não apagou o estrago dos três gols sofridos. Ceni foi direto ao reconhecer que o Bahia falhou repetidamente. “Sem a bola o jogo continua. Se você não corre sem bola, vai sofrer”, disse, ao destacar que o comportamento defensivo foi um dos piores do ano. “Marcamos muito frouxo. Erramos passes simples. Não posso tomar três gols em casa, mesmo que ganhasse de 4 a 3.”

O treinador também falou sobre o desgaste do elenco, descartando problema físico. “Físicamente estávamos bem”, garantiu. Para ele, o que pesou foi o mental: “Para quem quer ir direto para a Libertadores, precisamos de um nível de concentração maior”.

Acevedo durante a partida contra o Fortaleza por Fillipe Alves/ Estadão Conteúdo

Everton Ribeiro no banco

Um dos momentos mais esperados da coletiva tratou da situação de Everton Ribeiro, que mudou a dinâmica do jogo ao entrar no segundo tempo. Ceni revelou que queria o camisa 10 desde o início, mas que o próprio jogador ainda não se sente apto. “Ele não se sente confortável ainda, principalmente no início do jogo”, explicou. O técnico lembrou da cirurgia que tirou o meia de ação por meses e foi claro: “Ele não tem condições de jogar 45 minutos ainda. Ele sente que não consegue competir fisicamente com os demais.”

Ao comentar escolhas táticas, Ceni contou que Caio fez bem o papel planejado, mas jogou praticamente sozinho. Ele afirmou que os pontas não venceram os duelos que o plano previa e justificou tê-lo tirado para colocar mais um atacante e manter Nico pela sustentação defensiva. Sobre Tiago, foi direto: “Ele funciona melhor com o Willian, dá mais peso dentro da área. É uma opção como segundo nove.”

Decisões erradas em campo

Os gols sofridos também tiveram explicações individuais. Ceni disse que não foi o sistema que falhou, e sim decisões equivocadas. Ele citou exemplos: “Juba tentou adivinhar uma bola por dentro, deu o carrinho no vazio”, e, sobre o terceiro gol, afirmou: “Nico deu azar. Ele toma a frente, mas o jogador fica com a bola.” Para ele, o problema foi coletivo na pressão: “Hoje falhamos na pressão ao portador da bola. Marcamos com o olho, aí não dá.”

Ceni ainda comentou sobre os jovens Del e Ruan Pablo, do Mundial Sub-17, dizendo que os conhece bem, mas ponderando que “são garotos de 17 anos” e que a primeira fase não serve como parâmetro. Espera usá-los no Campeonato Baiano.

Por fim, o treinador descreveu o desenho da equipe e como as lesões mudaram o funcionamento do ataque. Ele lamentou a ausência de Sanabria e disse que Pulga ainda busca seu melhor ritmo. Comentou também que Willian José rende mais com companhia: “Ele gosta de sair da área, não é um grande cabeceador.” Com a venda de Lucho e o fim da janela, Tiago ficou com a função.

A derrota deixou o Bahia em sétimo, com 53 pontos - dois atrás do Botafogo, que abre o G-5. No domingo, o time tenta reagir novamente em casa, desta vez diante do Vasco.

Tags:

Rogério Ceni Ecbahia