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Miro Palma
Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 12:07
O Bahia encerra a temporada de 2025 com números históricos dentro e fora de campo. Em entrevista à TV Bahêa, o CEO do clube, Raul Aguirre, fez um balanço do ano e destacou o crescimento da torcida, o avanço financeiro, os resultados esportivos e os investimentos estruturais que projetam o tricolor para os próximos anos. >
Segundo Aguirre, o apoio da torcida foi um dos grandes diferenciais da temporada. “Foi um ano no qual a gente sentiu um apoio muito forte, incondicional, da torcida numa temporada de 80 jogos”, afirmou. A média de público nos jogos do Campeonato Brasileiro chegou a quase 40 mil torcedores, além de um recorde no número de associados. “Chegamos no fim do ano com 76 mil sócios-torcedores, também um recorde para o clube”, completou.>
Na área administrativa, o Esquadrão encerrou a temporada com resultados expressivos. De acordo com o CEO, a receita ultrapassou a marca de R$ 400 milhões. “É um número muito significativo, com uma taxa de crescimento de aproximadamente 40% a 45% sobre o ano anterior”, explicou. Aguirre ressaltou que o objetivo é aproximar o Bahia dos maiores clubes do país, com crescimento sustentável e fortalecimento da estrutura interna, incluindo novas diretorias nas áreas de finanças, recursos humanos e infraestrutura.>
Dentro de campo, o dirigente classificou a temporada como boa. O Bahia garantiu classificação para a Libertadores pelo segundo ano consecutivo, algo inédito na história do clube. “Também conquistamos o Campeonato Baiano pela 51ª vez e a Copa do Nordeste pela quinta vez, estabelecendo uma hegemonia regional”, destacou.>
Aguirre também ressaltou o desempenho das Mulheres de Aço, que avançaram pela primeira vez à segunda fase do Brasileiro Feminino e chegaram à semifinal da Copa do Brasil, além dos títulos conquistados pelas categorias de base. Outro ponto foi a presença de atletas do Bahia nas seleções brasileiras. “Na seleção principal tivemos dois atletas, coisa que não acontecia desde 1991”, lembrou, citando o meio-campista Jean Lucas e o lateral-esquerdo Luciano Juba.>
Um dos principais projetos estruturais do clube é a construção do novo Centro de Formação e Treinamento. Para Aguirre, o empreendimento vai além da infraestrutura física. “É muito mais do que um conjunto de infraestruturas, é uma ferramenta estratégica e de competitividade”. O investimento previsto é de R$ 300 milhões, com conclusão estimada entre o fim de 2027 e o início de 2028. “Vai ser o maior e o melhor centro de treinamento da América do Sul”, garantiu.>
No campo da internacionalização da marca, o CEO destacou a parceria com a Puma, a realização do Bahia Day em Manchester e a colaboração com a Warner Bros na camisa temática do Superman. “Foi sinceramente um golaço do clube e da área de marketing”, disse. Ao mesmo tempo, o Bahia manteve ações de interiorização no estado e de fortalecimento da marca em outras regiões do país.>
A identidade social do clube também foi enfatizada. Projetos como o Bora Bahêa Meu Bairro seguiram em expansão, além de parcerias com a ONU, Obras Sociais Irmã Dulce e com o festival Afropunk. “Essas iniciativas procuram continuar esse legado cultural e social que a SAF encontrou no clube”, lembrou Aguirre.>
Às vésperas do aniversário de 95 anos do Bahia, comemorado em 1º de janeiro, o CEO deixou uma mensagem de otimismo para o torcedor. “O clube caminha firmemente para o centenário. É uma honra e uma responsabilidade enorme cuidar desse legado”. Para ele, o momento é de crescimento planejado. “A gente só não pode tropeçar na própria velocidade. Precisamos fazer as coisas com cadência, sem pular etapas, para que os resultados venham ao longo do tempo”. >