Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Pedro Carreiro
Publicado em 26 de junho de 2025 às 18:42
Circula nas redes sociais uma teoria de que a Copa do Mundo de 2026, prevista para acontecer nos Estados Unidos, Canadá e México, poderia ser transferida para o Brasil por conta de tensões recentes no Oriente Médio. A alegação se espalhou após conflitos entre Irã e Israel, que também envolveram os Estados Unidos, e um suposto risco à segurança da competição. No entanto, a informação é falsa. >
A origem do boato é uma publicação feita no X (antigo Twitter), em que o autor traça um raciocínio fictício: segundo ele, “pelo estatuto da Fifa”, em caso de guerra, a Copa deveria ser realizada no país-sede da edição anterior. Como o Catar sediou a Copa de 2022 e fica próximo ao Irã, a publicação sugere que a sede passaria à Rússia,que está em guerra, e, por fim, acabaria “sobrando” para o Brasil.>
Apesar de criativa, a teoria não tem base real. Em primeiro lugar, não existe qualquer cláusula no estatuto da Fifa que determine que a sede da Copa seja transferida automaticamente para o país da edição anterior em caso de conflitos armados. A escolha de sedes obedece a critérios previamente definidos e votados em Congresso, com anos de antecedência.>
Além disso, vale destacar que a Copa do Mundo de 2026 será realizada em três países (Estados Unidos, México e Canadá) e não apenas nos EUA, como muitas postagens sugerem. Nenhum dos três vive atualmente um cenário de guerra ou instabilidade que coloque em risco a organização do torneio.>
Por fim, o próprio regulamento da Fifa deixa claro que a definição da sede visa, sobretudo, garantir as melhores condições de infraestrutura, segurança e hospedagem para atletas, delegações e torcedores. Caso haja necessidade de mudanças por motivos excepcionais, a decisão caberia ao Conselho da entidade, e não a um critério fixo ou automático.>