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Gabriel Rodrigues
Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 15:45
As competições chegaram ao fim para o Bahia e o momento agora é de reformular o elenco pensando na próxima temporada. Entre os setores que deram dor de cabeça ao time em 2023, o ataque deve receber uma atenção especial. >
No primeiro ano sob a gestão do Grupo City, o Esquadrão passou longe de ter um centroavante que fosse unanimidade entre os tricolores. A aposta em Everaldo não se mostrou certeira. O camisa 9 demorou para marcar o primeiro gol e acumulou longos períodos sem balançar as redes durante o Brasileirão. >
Mesmo assim, “Eve” terminou o ano como artilheiro da equipe. Ao todo ele anotou 20 gols em 60 jogos. Uma média de 0,33 gols por partida. Do total, sete foram marcados em cobranças de pênaltis. >
Com exceção da Copa do Brasil, Everaldo foi goleador máximo do tricolor em todas as competições que o clube disputou. Foram nove tentos na Série A, seis no Campeonato Baiano e três na Copa do Nordeste.>
Na lista de artilheiros, aparecem na sequência: Biel (11), Cauly (10), Ademir, Thaciano e Jacaré (seis cada um), Rafael Ratão e Rezende (ambos com quatro). >
Ter um “homem-gol”, no entanto, se mostrou um problema para o Bahia. Durante o ano, Everaldo alternou entre a titularidade e o banco de reservas. A sombra na disputa pelo posto de referência também não viveu grande fase. Vinícius Mingotti foi contratado para substituir Ricardo Goulart - que se aposentou após o Campeonato Baiano -, e marcou apenas dois gols em 17 jogos.>
Renato Paiva chegou a apostar no garoto Arthur Sales, mas ele também não vingou e deixou o clube em julho após 14 jogos e quatro gols. Já na reta final do Brasileirão, Rogério Ceni optou por um ataque mais móvel, sem a presença de um jogador de área. A formação deu certo nas goleadas por 5x1 sobre o Corinthians, na Neo Química Arena, e 4x1 no Atlético-MG, na Fonte Nova. >
Como Mingotti não terá o contrato renovado e já se despediu do clube baiano, o Bahia irá ao mercado em busca de um novo centroavante. Este ano, a diretoria sondou a situação do brasileiro Carlos Vinícius, que defende o Fulham, mas não chegou a um acordo.>
Vale lembrar que Everaldo possui mais dois anos de contrato com o Bahia e tem certo prestígio com o técnico Rogério Ceni. Uma outra opção para iniciar o ano é improvisar Rafael Ratão no setor. Ele treinou como 9 após a chegada de Ceni, mas acabou perdendo espaço na reta final da temporada. >
NÚMEROS >
No retrospecto geral, o cenário do Bahia é positivo quando o assunto é o número de gols. Ao todo, o Esquadrão anotou 93 tentos em 67 partidas por quatro competições diferentes. Foram 50 na Série A, 14 na Copa do Brasil, nove na Copa do Nordeste e 20 no Campeonato Baiano. >
Como sofreu 85, o time terminou o ano com saldo de oito gols. No entanto, o desempenho foi negativo na Série A do Brasileirão (50 marcados contra 53 sofridos) e na Copa do Nordeste (nove contra 15). >