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Carol Neves
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 12:44
A presença do ex-jogador Kaká atraiu mais de 1.500 pessoas a uma igreja em Sorocaba (SP) na noite da última sexta (14). O templo ficou lotado antes mesmo do início do culto, que substituiu o clima de "sextou" por pregação, louvores e fiéis posicionados até nos corredores. >
Chamado ao palco após meia hora de cerimônia, o ex-melhor do mundo apareceu de forma discreta, com roupas simples, segundo reportagem do GloboEsporte, que acompanhou o evento. Antes de falar, fez embaixadinhas com duas bolas oficiais da Copa de 2026 e as lançou para o público, que disputou os brindes. Um jovem do Rio de Janeiro levou também uma camisa autografada sorteada por ele.>
A mensagem da noite, intitulada “O poder da presença de Deus”, foi dividida por Kaká em cinco capítulos da própria trajetória. Ele relembrou o acidente doméstico de 2000, quando quase ficou sem andar. “Não fiquei tranquilo de que seria jogador de futebol… Mas eu tinha paz”, afirmou.>
Kaká participa de culto
O ex-jogador também citou a convocação inesperada para a Copa de 2002, ainda jovem no São Paulo. “Nunca imaginei que estaria ali”, disse, enquanto o público reagia aos nomes dos campeões que o acompanharam no Mundial.>
Nem só de conquistas foram as lembranças. Kaká mencionou a virada sofrida para o Liverpool na final da Champions de 2005 e a queda do Brasil para a França em 2006. “Foram as piores derrotas da minha vida”, admitiu.>
Kaká também abordou a fase mais difícil da carreira: a passagem pelo Real Madrid. Disse ter vivido anos de dúvidas, críticas e falta de títulos. “Era muito difícil levantar da cama, ver notícias suas nos jornais todos os dias. Quem eu sou? O melhor do mundo? Ou uma das piores contratações da história do Real?”, relatou. Segundo ele, a resposta veio com a fé: “Descobri que a identidade é o nosso maior bem. Eu não era o melhor jogador do mundo nem a pior contratação. Eu era filho de Deus.”>
O público respondeu com aplausos e expressões religiosas. Kaká comentou ainda que estudou teologia, não se intitula pastor e hoje percorre diferentes igrejas compartilhando seu testemunho.>