Fora da Copa de novo, Nigéria reclama de vodu de seleção adversária

A República Democrática do Congo voltou a sonhar com uma Copa do Mundo. A seleção africana superou a Nigéria por 4 a 3 nos pênaltis, após empate no tempo normal e na prorrogação, e avançou para a repescagem mundial que definirá, em março de 2026, sua possível segunda participação no torneio - a primeira ocorreu em 1974, quando ainda levava o nome de Zaire. Naquela edição, o time perdeu as três partidas, sofreu 14 gols e não marcou nenhum.

O triunfo congolês eliminou a Nigéria pela segunda vez consecutiva de uma Copa. A equipe liderada por Osimhen e Lookman abriu o placar logo aos três minutos, com Frank Onyeka, mas viu a RD Congo empatar aos 32 minutos, com Elia. O duelo seguiu equilibrado, acelerado e com oportunidades para os dois lados, mas ninguém voltou a marcar, nem no tempo extra.

Nas penalidades, a Nigéria desperdiçou três cobranças - com Bassey, Moses Simon e Ajayi - enquanto os congoleses falharam apenas com Moutoussamy e Tuanzebe.

A disputa dos pênaltis, porém, ganhou contornos de polêmica após declarações do técnico nigeriano Éric Chelle. Ele acusou integrantes do banco congolês de realizarem vodu durante as conversas sobre as cobranças. Segundo o treinador, o suposto ritual teria acontecido repetidamente no momento decisivo.

"Durante todas as discussões sobre pênaltis, o cara do Congo fez umas coisas de vodu. Toda vez... Toda vez. Por isso que eu fiquei um pouco irritado no final", afirmou Chelle na coletiva. "Eles acenavam assim (gesticulou o treinador). Eu não sei se era algo ou outra coisa do tipo", completou.

Com o resultado, a RD Congo segue viva na busca pela vaga para o Mundial de 2026, enquanto os nigerianos voltam a ficar fora do torneio.