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Escolha da sede da Copa do Mundo de 2006 pode ter sido comprada, diz revista alemã

Segundo publicação da Der Spiegel, presidente da Adidas teria criado caixa dois para comprar votos de representantes da Ásia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 14:34

 - Atualizado há 2 anos

As investigações sobre a compra e venda de votos para a escolha das sedes da Copa do Mundo ganhou mais um capítulo. De acordo com a revista alemã Der Spiegel, a eleição que apontou a Alemanha como sede do Mundial de 2006 pode ter sido fraudada. Segundo a publicação, o então presidente da Adidas, Robert Louis-Dreyfus, teria pago um caixa de 10,3 milhões de francos suíços para o comitê responsável pela candidatura do país.Alemanha não descarta que dinheiro para compra de votos seja devolvido(Foto: AFP)O dinheiro teria sido usado para comprar os votos dos representantes da Ásia no comitê executivo da Fifa. Ainda segundo a revista, a quantia teria sido emprestada por Robert como pessoa física de forma sigiloso e não apareceu na contabilidade do grupo que cuidou da candidatura da Alemanha. A eleição aconteceu em julho de 2000 e o país europeu venceu por 12 a 11. Os quatro representantes asiáticos votaram na Alemanha. 

A Der Spiegel aponta que o presidente da Adidas pediu o dinheiro de volta em cerca de um ano e meio antes do Mundial. Para devolver o dinheiro, o comitê organizador utilizou uma verba de 6,7 milhões de euros da Alemanha para uma suposta cerimônia de gala na abertura da Copa. O evento foi cancelado e o dinheiro depositado em uma conta da Fifa em Genebra, na Suíça, e em seguida transferida para uma conta de Louis-Dreyfus.

A Federação Alemã de Futebol reconheceu através de nota o pagamento de 6,7 milhões de euros para a Fifa em 2005, mas negou que a quantia tenha relação com a escolha do país como sede do Mundial. A FDB afirma ainda que o dinheiro deveria ter sido usado no programa cultural da Fifa com a realização de 50 projetos relacionados ao torneio. Uma investigação foi aberta e a Federação não descarta pedir o dinheiro de volta à Fifa.