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Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2023 às 16:21
Dois meses após ter sido anunciado oficialmente, o CEO do Bahia, Raul Aguirre, falou pela primeira vez como representante do tricolor. Em entrevista concedida aos canais oficiais do clube, divulgada nesta segunda-feira (10), o peruano detalhou as suas funções e os planos que está desenvolvendo na equipe. >
Raul conta que fica responsável pela parte financeira e administrativa do Esquadrão, enquanto Cadu Santoro toma as decisões relacionadas ao futebol. O CEO afirmou que a primeira missão recebida foi de integrar o Bahia ao padrão de gerenciamento do Grupo City. >
"Temos uma missão especial e indispensável que é o que nós chamamos de integração do Bahia na família do City. E ao mesmo tempo que o City Football Group contemple devidamente o Bahia e que essa integração seja mútua. Já tomamos uma série de medidas imediatas, como o patrocínio com a Axe, compramos equipamentos médicos para o centro de treinamentos e atletas, compramos equipamentos de ginástica, fizemos alguns ajustes. Mas ainda é um início, estamos com muitos planos, elaborando para começar a implementar após terminar a integração em todos os níveis, processos, sistemas, finanças, negócios e a parte esportiva", disse, antes de completar: >
"A área de negócios é uma plataforma que tem que facilitar, viabilizar e potencializar tudo que for relacionado a que o desempenho esportivo seja melhor e mais efetivo. Nesse sentido, há uma responsabilidade pela área de negócios e outra pelo futebol. Cadu [Santoro] é responsável por escolher o esquadrão, estruturar as equipes de treinadores, fisioterapeutas, etc. E eu sou responsável por essa plataforma de negócios, que tem a ver com a marca, patrocínios, licenciamento de produtos, parcerias... Uma plataforma financeira para que o futebol navegue cada vez melhor".>
Na conversa, Raul Aguirre revelou que o Bahia prepara um plano de sócios popular e que tem o objetivo de superar a marca atual de 50 mil associados - no mês passado houve a separação dos sócios da SAF e da associação. Ele ainda falou sobre a busca por patrocínios e outras receitas, o interesse em administrar ou ter a propriedade da Fonte Nova no futuro e a marca própria de uniformes. Confira os pontos mais importantes:>
Busca por receitas>
Temos patrocínios, parcerias e negócios, licenciamento de marcas. Mas também há um vetor que é o que se chama de entretenimento no estádio. É tornar o estádio uma plataforma de entretenimento para as famílias, grupos, empresas. A gente acredita que tem um potencial enorme para explorar.>
Gestão da Fonte Nova >
A gente tem muito interesse no ativo da Fonte Nova, seja para participar da administração ou até da propriedade, dependendo de um conjunto de condições. Desse conjunto, um dos principais é a nossa plena consciência de que esse é um ativo que pertence ao povo da Bahia, representado pelo governo. Para nós prosseguirmos com qualquer interesse, temos que ter uma manifestação do dono do ativo, nesse caso o governo. Para nós participarmos da administração, temos que ter a mesma situação com a concessionária. Havendo a abertura, tanto do governo do estado como da concessionária para a gente iniciar uma avaliação, teremos o maior interesse. >
Plano de sócios >
Teremos algumas mudanças e estamos na fase final da introdução de um plano popular que nos ajude a atingir o próximo patamar. Batemos a marca de 50 mil sócios e imediatamente vem a aspiração de chegar aos 60 mil, 70 mil. Uma das ferramentas será o lançamento desse plano que a gente espera que agrade muito a uma base grande de torcedores, e assim outras mudanças virão. >
Marca Esquadrão>
Até onde eu posso falar, a marca Esquadrão tem sido muito positiva. Na nossa avaliação, os produtos são muito bons, muito bonitos, tem a questão da participação da torcida no desenho das camisas. Tradições que nós certamente vamos respeitar. De saída, a ideia é preservar a marca Esquadrão e esse conjunto de produtos. Pode ser que haja abertura para outros patrocinadores que são parte do City, é natural que haja uma consideração, mas essa consideração sempre levará em contexto o que existe hoje. >