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Millena Marques
Publicado em 13 de maio de 2025 às 07:37
O jornalista Felipe Oliveira, repórter da TV Bahia, fez um desabafo nas redes sociais ao ser confundido com um prestador de serviço em um prédio da Pituba, em Salvador. O relato foi publicado no perfil oficial do comunicador no Instagram, na última segunda-feira (12). >
Felipe estava trabalhando e precisou gravar uma entrevista no prédio do bairro. “Ao chegar na portaria, eu disse o meu primeiro nome e o número do apartamento. E a pergunta que eu recebi foi: ‘É serviço, é? Para muita gente, pode parecer uma pergunta normal, mas a gente sabe que não é. Isso é o racismo estrutural”, denunciou Felipe. >
Segundo ele, a abordagem retrata um padrão enraizado na sociedade. “É como se pessoas pretas só pudessem estar naquele local como prestador de serviço. “Provavelmente, se fosse uma pessoa branca chegando ali no mesmo horário que eu cheguei, com a roupa social como eu estava, o porteiro não se sentiria à vontade para fazer essa pergunta”, disse Felipe. >
Para finalizar, Felipe disse que está bem, mas que decidiu gravar o conteúdo para promover uma reflexão. “Para que você, síndico, converse com seus funcionários e prepare sua equipe. É uma coisa muito simples, mas isso é capaz de destruir o dia de uma pessoa negra. Não foi a primeira vez que isso aconteceu comigo, provavelmente não vai ser a última”, finalizou.>