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Nino Paraíba é suspenso por 480 dias por manipulação no futebol

Ex-dupla Ba-Vi, lateral também recebeu multa de R$ 40 mil; nove jogadores foram punidos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2023 às 15:51

Nino Paraíba fez apenas uma partida pelo Paysandu até aqui
Nino Paraíba fez apenas uma partida pelo Paysandu até aqui Crédito: Jorge Luís Totti/Paysandu

Nove jogadores foram punidos pela 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por manipulação de resultados e esquema de apostas no futebol brasileiro em 2022. Entre eles, o lateral-direito Nino Paraíba, ex-Bahia e Vitória e atualmente no Paysandu. Ele pegou 480 dias de gancho, além de multa no valor de R$ 40 mil.

Por outro lado, três jogadores foram absolvidos no julgamento, que ocorreu na quarta-feira (9). Entre eles, o lateral Pedrinho, ex-Vitória. Também estão na lista o lateral Sidcley e o volante Jesus Trindade. Ex-Bahia, Thonny Anderson foi um caso à parte, já que poderá seguir a carreira sem problemas, mas recebeu multa de R$ 40 mil.

A denúncia da Procuradoria do STJD teve como base as provas colhidas pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima. Os auditores da primeira instância da Justiça Desportiva impuseram penas que variam de 360 até 720 dias.

Nino Paraíba havia sido anunciado pelo Paysandu no último dia 24 de julho e atuou apenas 45 minutos pelo time, no empate diante do América-RN, no dia 30, em jogo válido pela 15ª rodada da Série C. Ele apareceu em conversas com apostadores nas mensagens anexadas na denúncia do Ministério Público de Goiás sobre a manipulação de jogos das Série A e B do Campeonato Brasileiro.

O lateral-direito de 37 anos confessou em depoimento que recebeu dinheiro para levar cartão amarelo em três partidas do Brasileirão 2022, quando ainda atuava pelo Ceará. Nino concordou em ser testemunha do caso e assinou um acordo de cooperação com o MP de Goiás para não ser acusado.

Executivo de futebol do Paysandu, Ari Barros, se pronunciou sobre o caso. O dirigente informou que o clube estava ciente da situação de Nino e que fez um acordo: caso ocorresse a medida pelo STJD, o atleta não iria receberia nenhum valor. Desta forma, o Papão não sai no prejuízo.

"Nós firmamos um contrato, até o atleta foi muito parceiro em entender o momento, que era um momento delicado e corremos esse risco até que ele fosse julgado, para que pudéssemos tomar as devidas providências (...) O torcedor deve estar se perguntando: "um atleta de nível de Série A, o clube deve estar gastando um valor alto para ter o atleta", quero deixar o torcedor tranquilo. Foi feito um acordo entre todas as partes, que se acontecesse algo, que acabou acontecendo, o atleta não receberia nenhum valor, o clube não vai ficar em nenhum momento no prejuízo. Agora vamos ter que aguardar alguns dias, o jurídico do clube está dando todo o apoio necessário, com o jurídico do atleta. Está todo mundo bem ciente, bem focado", disse.

Segundo Ari, o Paysandu está auxiliando Nino, visando reverter a punição sofrida. Caso isso não ocorra, o jogador deve deixar o clube.

"Pode ser que, em dentro de alguns dias, tenhamos uma reviravolta, uma possibilidade de um efeito suspensivo, vamos aguardar no decorrer dos dias, caso o contrário, o Nino volta para a sua residência. É um atleta que desejamos sorte, paciência e que ele possa ter o apoio da sua família e daquele colegas e amigos que o conhecem bem", afirmou.

No julgamento, o atacante Alef Manga confessou ter participado do esquema de receber dinheiro em troca de levar um cartão amarelo. O atleta, ex-Coritiba e que hoje está no Chipre, mostrou arrependimento e se colocou à disposição da Justiça na busca pelos envolvidos. Mesmo assim, o jogador foi punido por 360 dias e multa de R$ 30 mil.

Veja a pena dos atletas no julgamento na 2ª Comissão Disciplinar:

  • Nino Paraíba, atleta do Paysandu-PA; punido com 480 dias e multa de R$ 40 mil
  • Bryan, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico-PR; 360 dias e multa de R$ 30 mil; 
  • Diego, atleta do Desportivo Aliança-AL; 360 dias e R$ 70 mil; 
  • Alef Manga, atleta do Coritiba-PR; 360 dias e R$ 30 mil; 
  • Vitor Mendes, atleta do Atlético Mineiro-MG; 430 dias e R$ 40 mil; 
  • Sávio Alves, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Goiás-GO; 360 dias e R$ 30 mil; 
  • Thonny Anderson, atleta do ABC-RN; multa de R$ 40 mil; 
  • Dadá Belmonte, atleta do América-MG; 720 dias e R$ 70 mil; 
  • Igor Cárius, atleta do Sport-PE; R$ 540 dias e R$ 50 mil.