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Pia evitar falar sobre futuro na Seleção após eliminação na Copa

Treinadora tem mais um ano de contrato

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 2 de agosto de 2023 às 16:03

Pia não quis comentar se permanecerá no comando da Seleção
Pia não quis comentar se permanecerá no comando da Seleção Crédito: Thais Magalhães/CBF

A treinadora Pia Sundhage deu uma resposta curta ao ser questionada, após o empate sem gols com a Jamaica e a consequente eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, se continuará no comando da seleção brasileira feminina de futebol. "Meu contrato termina em agosto do ano que vem", limitou-se a dizer a sueca durante coletiva de imprensa em Melbourne.

Antes do desfecho frustrante, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse em entrevista ao GE que estava satisfeito com o trabalho da comissão técnica e que não havia "nem como ter a opção" de mudança porque os Jogos Olímpicos de Paris-2024 estão muito próximos. O vínculo de Pia com a seleção termina dia 30 de agosto, alguns dias após o fim da Olimpíada, que tem seu encerramento previsto para dia 11.

Durante a coletiva, a treinadora também falou sobre a possibilidade de continuar contando com Marta na seleção. A Rainha do Futebol garantiu, ao fim do jogo, que foi sua última Copa do Mundo, mas ela pode querer disputar os Jogos de Paris-2024. Para Pia, contudo, é incerto se isso será possível.

"A Marta, eu não sei, acho que ela vai continuar a jogar. Agora, se vai ser convidada para a seleção, temos que ver", disse. "Daqui para frente, enquanto eu estiver à frente da seleção, vamos trabalhar para encontrar novos jogadores. Vai ficar cada vez mais difícil para a Marta continuar na seleção", completou.

Ao tentar explicar o desempenho ruim do Brasil, a sueca citou a organização defensiva das jamaicanas e o nervosismo das brasileiras como os principais motivos. "Quando não conseguimos derrubar a defesa delas, aí, é claro, ficamos um pouco mais nervosas. E quando ficamos nervosas, acabamos ficando mais lentas. Talvez tenhamos ficado com pouca coragem", afirmou.

Pia também destacou o quanto o futebol feminino evoluiu, razão de os jogos estarem mais equilibrados, mesmo quando nações de menos tradição estão em campo. "Todo mundo está mais bem organizado agora. A parte física está melhor também. A velocidade de jogo daqui para frente vai ser muito importante. Neste novo período de quatro anos, a melhor equipe vai se concentrar em não ceder tanto a bola como nós fizemos hoje. No geral, estou muito impressionada com a defesa e organização de todas as equipes", disse.

CRÍTICAS NAS REDES SOCIAIS

O nome da técnica Pia entrou na lista dos assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta, antes mesmo do fim da partida que decretou a queda precoce da seleção na Copa. A sueca de 63 anos foi eleita pela internet como a grande vilã da eliminação. Desde 1995, que a seleção não voltava tão cedo para cada em um Mundial.

Seja nas redes sociais ou até mesmo nas transmissões esportivas da partida contra a Jamaica, críticas não faltaram a atuação da treinadora no jogo. Da demora a fazer alterações à passividade na beira do campo, quase nenhum aspecto da participação de Pia no empate passou em branco. Sobrou até mesmo para o vídeo dela cantando "Anunciação" ,de Alceu Valença, que até poucos dias atrás era visto como algo positivo para a imagem da técnica.

Para os jornalistas e comentaristas que acompanham o futebol feminino, somente uma palavra define o trabalho da treinadora sueca no Mundial de 2023: fracasso. O Brasil, que é o oitavo no ranking de seleções da Fifa, foi eliminado pela Jamaica, a 43ª colocada.

Ao final da transmissão na Globo, a comentarista Ana Thaís Matos teceu duras críticas ao trabalho feito no ciclo atual. "A história do Brasil é muito grande no futebol feminino. O Brasil não teve personalidade porque confiou demais no trabalho da comissão técnica da Pia. Tem de confiar na comissão técnica, mas a gente tem de ter a nossa personalidade", afirmou. A fala da jornalista ecoou nas redes sociais, encontrando bastante apoio.

Teve também quem criticou as ausências na convocação para o torneio. Dentre as mais citadas, a atacante Cristiane, do Santos, foi disparada a atleta que os torcedores brasileiros mais sentiram falta durante o jogo. A própria atleta disse recentemente que não sabia o motivo de não estar na lista. Foi a primeira Copa em que ela ficou fora em 20 anos.

Houve também quem se preocupasse com o efeito que a eliminação precoce da seleção pode ter na continuidade de trabalhos sérios no comando do time e até do futebol feminino no País. Vale lembrar que os clubes do Brasil e da América do Sul têm equipes montadas e torneios durante toda a temporada.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse recentemente que Pia ficaria no cargo o quanto desejasse. Após o fracasso na Copa, ele vai analisar a situação da treinadora com mais tranquilidade quando voltar ao Rio. Em nenhum momento de sua entrevista, ela colocou o cargo à disposição. A seleção feminina já está classificada para a Olimpíada de Paris-2024.