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Para quem quer estudar ou trabalhar no exterior uma boa opção é investir no francês
Estúdio Correio
Publicado em 30 de setembro de 2024 às 10:45
Pensar em processo de aprendizagem para garantir um futuro com maiores possibilidades passa por aprender um idioma. E escolher uma língua específica desde a adolescência, como o francês, pode ser um diferencial para a carreira na vida adulta.
A psicóloga e psicanalista Bruna Gusmão estuda a teoria do autor francês Lacan e tornou-se aluna da Aliança Francesa, em Salvador, para tirar qualquer dúvida sobre a tradução da obra dele. Hoje está estudando em Toulouse, onde vai terminar sua segunda graduação, Filosofia, que iniciou no Brasil . “Escolhi Toulouse porque me identifiquei com a cidade e gostei do programa da universidade”, conta.
Como chegou à cidade há pouco tempo ainda está em fase de adaptação, pois embora já estude a língua há mais de três anos, tem uma rotina de assistir quatro horas de aula por dia em francês sobre assuntos novos. Ou seja, um grande estímulo para o cérebro para aprender coisas novas diariamente, mas isso requer também muita energia. “A experiência de vida tem sido muito enriquecedora”, diz.
Quem se interessar por fazer intercâmbio intercâmbio estudantil na França pode pesquisar sobre bolsas disponíveis através da agência Campus France Brasil.
Outra vantagem de aprender francês é poder se candidatar às vagas de trabalho no Québec, Canadá. As áreas com maior demanda, atualmente, são: saúde (enfermagem, técnicos de enfermagem e assistência social); área técnico industrial e da construção civil (eletromecânica, eletrotécnicos, soldadores), assim como as engenharias.
De acordo com Hércules Kuster, adido em promoção e prospecção do Escritório do Québec em São Paulo, a média salarial depende muito das vagas disponíveis especificamente, bem como das empresas participantes. O mesmo acontece com a exigência da fluência do idioma. “Na área da saúde, por exemplo, o nível de idioma é sempre mais elevado, tendo em vista a segurança do paciente. Já na área da manufatura ou da construção civil, por exemplo, o nível de idioma pode ser menor”, comenta.
Para se candidatar nas próximas missões de recrutamento, o primeiro passo é seguir o perfil nas redes sociais @quebecbrasil. Lá são divulgadas as datas das próximas ações de recrutamento, que serão realizadas no Brasil.
Ainda falando em trabalho, mas com enfoque em atividades artísticas ou ligadas ao turismo, quem domina o idioma francês ganha a chance de fazer conexões com países francófonos. Igor Tiago, gestor da Casa do Benin, em Salvador, vislumbrou este cenário ao iniciar seus estudos na Aliança Francesa.
“Atuo na gestão da Casa do Benin, equipamento cultural da cidade de Salvador, que salvaguarda um acervo em memória do país africano, que foi colonizado pela França e que tem como uma das línguas faladas o francês. Estamos cada vez mais reaproximando a Casa do Benin do país africano, com interlocuções com autoridades, artistas e etc. Sinto que o não domínio do idioma dificulta um pouco a minha comunicação e atuação”, diz.
Ele tem também outros interesses de intercâmbio com a França e países francófonos. Como curador independente e produtor cultural, pensa em expandir sua atuação profissional e ocupar outras frentes, buscando possibilidades outras de atuação. “Comecei a estudar na Aliança Francesa há dois meses, é o primeiro curso de língua estrangeira que faço, e vem sendo uma experiência enriquecedora”, destaca.
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