Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estúdio Correio
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 07:00
Imagine estar em casa com um familiar e, de repente, perceber que ele começou a falar de forma enrolada ou que um lado do rosto parece “caído”. Talvez seja apenas um mal-estar passageiro… ou talvez seja o início de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) — e cada minuto conta. >
Segundo o Ministério da Saúde, o AVC é a segunda principal causa de morte no Brasil e a maior causa de incapacitação permanente em adultos. Estima-se que ocorra um caso a cada 5 minutos no país, atingindo não apenas idosos, mas também adultos jovens, especialmente quando há fatores de risco não controlados, como hipertensão e diabetes. >
Diana Serra,
médicaAVC: reconheça os sinais antes que seja tarde
O AVC acontece quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico) ou quando há sangramento cerebral (AVC hemorrágico). Em ambos os casos, o cérebro fica sem oxigênio e nutrientes, e as células começam a morrer em poucos minutos. >
- AVC Isquêmico (85% dos casos): causado por obstrução de uma artéria cerebral. >
- AVC Hemorrágico (15%): causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo, levando a sangramento interno. >
Use a regra SAMU — uma forma simples de lembrar os principais sinais: >
- Sorriso torto → um lado do rosto fica caído ou sem movimento. >
- Abraço fraco → dificuldade ou incapacidade de levantar um dos braços. >
- Mensagem confusa → fala enrolada, dificuldade de articular palavras ou entender comandos simples. >
- Urgência → acione imediatamente o serviço de emergência. >
Outros sinais possíveis incluem: >
- Perda súbita de visão em um ou ambos os olhos >
- Tontura, desequilíbrio ou falta de coordenação motora >
- Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente >
- Ligue imediatamente para a emergência — Vitalmed ou SAMU. >
- Anote o horário exato em que os sintomas começaram — isso é crucial para o tratamento. >
- Mantenha a pessoa deitada de lado, com a cabeça levemente elevada. >
- Afrouxe roupas apertadas e mantenha o ambiente arejado. >
- Não ofereça água, alimentos ou medicamentos — há risco de aspiração. >
- Observe os sinais e avise a equipe médica sobre qualquer mudança. >
O tratamento do AVC isquêmico pode envolver o uso de medicamentos trombolíticos para dissolver o coágulo — mas isso só pode ser feito dentro de um período de até 4h30 após o início dos sintomas. >
“Muitas pessoas perdem essa janela por achar que os sintomas vão passar. Cada minuto perdido é uma oportunidade de recuperação que se vai”, alerta a Dra. Diana. >
- Hipertensão arterial (principal) >
- Diabetes não controlado >
- Colesterol alto >
- Tabagismo >
- Sedentarismo >
- Consumo excessivo de álcool >
- Histórico familiar de AVC ou doenças cardiovasculares >
- Meça a pressão arterial regularmente. >
- Controle o diabetes e faça exames periódicos. >
- Pratique atividade física moderada regularmente. >
- Alimente-se com menos sal, gordura saturada e ultraprocessados. >
- Não fume e limite o consumo de álcool. >
- Faça check-ups médicos anuais, especialmente após os 40 anos. >
Associado Vitalmed: 2202-8888 | 3450-8888 >
Associe-se à Vitalmed: 2202-8686 >
SAMU: 192 >
Corpo de Bombeiros: 193 >
Salve esses números no celular e mantenha-os visíveis em casa. >
O AVC não avisa — ele acontece de forma súbita e exige resposta imediata e informada. Saber identificar os sinais, agir com calma e rapidez e acionar o atendimento adequado pode significar a diferença entre sequelas permanentes e uma vida preservada. >
“Informação é poder. Famílias que sabem reconhecer os sinais têm muito mais chance de proteger quem amam”, conclui a Dra. Diana. >
Este conteúdo não reflete a opinião do jornal Correio e é de responsabilidade do autor.>