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Publicado em 29 de novembro de 2023 às 06:00
O Sebrae Bahia reforçou a batalha pela promoção da igualdade e inclusão e o combate à discriminação, com o lançamento da campanha “Empreender tem poder”. O objetivo é incentivar mulheres empreendedoras que lutam para gerir seus negócios em meio às adversidades que surgem no dia a dia, a partir do confronto com inúmeros preconceitos. >
Tendo em vista o histórico de dificuldades e desafios, nota-se uma rede de apoio entre as empreendedoras negras, desenvolvendo soluções, trabalhando para criarem suas próprias oportunidades. Assim como fizeram as empreendedoras Débora Santos e Najara Black, mulheres negras que precisam enfrentar obstáculos no mundo do empreendedorismo. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae Bahia revelou que 56% das empreendedoras entrevistadas já sofreram algum preconceito por serem mulheres. >
Na solicitação de crédito, nas relações com fornecedores e clientes, da produção até o balcão do caixa,árias mulheres têm transformado as barreiras do preconceito em combustível para transformar sonhos em negócios. Esse é o caso das empreendedoras Najara Black, Geórgia Nunes e Débora Santos, protagonistas da campanha “Empreender tem Poder”, do Sebrae Bahia. >
A campanha narra a trajetória de três mulheres empreendedoras negras, que vêm transformando obstáculos em inspiração para novas empreendedoras se espelharem. >
“A nossa estratégia foi focar em casos reais de mulheres pretas que empreendem, superam desafios e inspiram outras mulheres para posicionar a instituição e fortalecer a marca Sebrae no recorte da interseccionalidade racial e de gênero”, afirma Camila Passos, gerente adjunta de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia. Conheça um pouco da história das três: >
Georgia Nunes >
A vencedora do Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora 2022 (categoria Pequenos Negócios), Georgia Nunes, é um exemplo de persistência com vistas ao sucesso. De acordo com a empresária, seu negócio social, a Amora, uma linha de bonecas negras e brinquedos antirracistas durante muito tempo não deu lucros mas seguiu firme e forte com o propósito social. “Receber o prêmio foi muito importante, sobretudo porque estou à frente de um negócio social feminino, com o propósito de construir uma educação antirracista. É muito difícil empreender sendo mulher neste país, onde a trama da nossa vida é enviesada por ações de machismo. Mais difícil ainda é investir em um negócio social. Mas estou orgulhosa de ver aonde a Amora conseguiu chegar. Esse prêmio é um reconhecimento de que negócios sociais são possíveis, sim”, aponta.>
Najara Black >
Após ter sido vítima de racismo em entrevistas de emprego, Najara Black tornou-se estilista e criou a própria marca, a NBlack. Com loja em um shopping center de Salvador, ela acaba de lançar uma coleção dedicada a mulheres de representatividade, com a temática “Eu Existo e Resisto”. Ela própria e mais quatro modelos emprestam o corpo para compor o editorial de moda da coleção. São elas a maquiadora Maili Santos, a jornalista Gabriela Cruz, a modelo Bell Rocha e a grafiteira Sista Kátia. >
Débora Santos >
De acordo com a pesquisa do Sebrae, intitulada “Desafios e Oportunidades do Empreendedorismo Feminino na Bahia”, realizada em abril de 2023, 56% das empreendedoras declararam já terem sofrido algum tipo de preconceito por serem mulheres e empreendedoras. Débora Santos de Almeida, dona da Churros Divino & Cia., já enfrentou dificuldades na vida como empreendedora, pelo fato de ser negra. Há dois anos, participa de cursos, mentorias, palestras e treinamentos proporcionados pelo Sebrae, com o objetivo de aprender sempre mais e impulsionar seu negócio.>
Este conteúdo não reflete nem total nem parcialmente a opinião do Jornal CORREIO e é de inteira responsabilidade do autor.>