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Estúdio Correio
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 06:00
Você sabia que as quedas estão entre os acidentes mais comuns e perigosos da vida após os 60 anos? De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada três brasileiros acima dos 65 anos cai pelo menos uma vez por ano. Já entre os maiores de 80, esse número chega a metade dos idosos. O dado assusta, mas revela algo importante: as quedas não são um “destino natural” do envelhecer. Elas são acidentes e, como todo acidente, podem e devem ser prevenidas.
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Ao contrário do que muitos pensam, cair não é apenas um tropeço sem maiores consequências. Nas pessoas idosas, uma queda pode desencadear uma série de complicações:>
- Fraturas graves, especialmente de quadril, punho e ombro;>
- Traumatismo craniano, cujo risco é maior em quem usa anticoagulantes;>
- Perda de autonomia e independência, já que o medo de cair novamente muitas vezes leva ao isolamento social;>
- Complicações médicas, como trombose, pneumonia e depressão, devido à imobilidade prolongada.>
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia reforça que o impacto de uma queda vai além da lesão física: compromete autoestima, qualidade de vida e pode até aumentar o risco de mortalidade no ano seguinte ao acidente.>
Como prevenir quedas
Diversos fatores aumentam a vulnerabilidade dos idosos, como lembram também a OMS e a Sociedade Americana de Geriatria:>
- Redução da força muscular e do equilíbrio;>
- Alterações de visão e audição;>
- Uso de medicamentos que causam sonolência ou tontura;>
- Doenças como Parkinson, diabetes, pressão baixa e demência;>
- Ambientes mal iluminados, cheios de obstáculos, com tapetes soltos ou pisos escorregadios.>
Nem todo tombo exige ambulância, mas alguns sinais devem acender o alerta imediato:>
- Desmaio ou perda de consciência, mesmo que breve; >
- Sangramento intenso;>
- Dor forte e incapacidade de se levantar;>
- Confusão mental ou desorientação;>
- Uso de anticoagulantes;>
- Suspeita de fratura ou trauma na coluna.>
A boa notícia é que a maior parte das quedas pode ser evitada com pequenas mudanças. Eis o que indicam as principais sociedades de geriatria do mundo:>
- Adapte a casa - retire tapetes soltos, instale barras de apoio no banheiro, corrimãos em escadas e garanta boa iluminação em corredores e quartos; >
- Exercite-se regularmente - atividades que fortalecem músculos e melhoram o equilíbrio, como caminhada, fisioterapia, dança ou tai chi chuan, reduzem significativamente o risco;>
- Use calçados adequados - fechados, firmes e com solado antiderrapante;>
- Revise seus remédios - alguns aumentam o risco de tontura ou quedas. Converse com o médico;>
- Cuide da visão e audição - consultas regulares ao oftalmologista e otorrino fazem diferença;>
- Organize os móveis - facilite a circulação, deixando os ambientes mais livres;>
- Mantenha uma rotina ativa, mas segura - estimular a autonomia do idoso é fundamental para a saúde física e mental.>
1. Não mova a vítima se houver suspeita de fratura ou trauma.>
2. Apoie a cabeça e verifique se respira normalmente.>
3. Controle sangramentos com compressão direta.>
4. Mantenha a calma e chame o socorro imediatamente:>
- Associado Vitalmed: 2202-8888/3450-8888>
- Associe-se à Vitalmed: 2202-8686>
- SAMU: 192 >
- Corpo de Bombeiros: 193>
5. Permaneça ao lado da vítima até a chegada da equipe médica.>
Cada atitude conta: desde instalar uma barra de apoio no banheiro até incentivar o idoso a praticar exercícios regularmente. Essas pequenas ações podem significar anos a mais de vida com qualidade e autonomia.>
“Quedas não fazem parte do envelhecimento natural. Elas são acidentes evitáveis, e cada pequena atitude de prevenção pode significar anos a mais de vida com qualidade e independência”, conclui a Dra. Diana Serra, responsável técnica Vitalmed.>
Este conteúdo não reproduz a opinião do Jornal Correio e é responsabilidade do autor. >