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Fertilizante feito com caranguejo? Conheça projeto de estudantes do SESI Bahia que virou destaque nacional

App de saúde criado por ex-aluna também coleciona prêmios e pódios em hackathons

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  • Estúdio Correio

  • Gabriela Araújo

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 23:11

Sesi
Luiza dos Santos (primeira à direita) conquistou o primeiro lugar no  Hackathon Saúde  Crédito: Wilson Sabadin/Coperphoto/Sistema FIEB

Inserir jovens no universo da pesquisa científica ainda na escola tem sido uma das principais estratégias adotadas pela Escola SESI para fortalecer o aprendizado e ampliar horizontes acadêmicos. Em todas as escolas da Bahia, o programa de iniciação científica vem estimulando alunos a transformar problemas do cotidiano em soluções reais e acumulando resultados expressivos em feiras e competições nacionais.

Exemplos disso são Nicolas Yudi, de 17 anos, estudante da Escola SESI Adonias Filho, em Ilhéus, e Luiza Gabriella dos Santos, 22, ex-aluna do SESI Candeias. Ambos iniciaram suas trajetórias científicas ainda na escola e, hoje, colecionam participações e reconhecimentos em eventos estaduais e nacionais voltados à ciência, inovação e tecnologia.

 Ana Cecília Assis, professor Glauber Guimarães e Nicolas Yudi por  Divulgação/Arquivo Pessoa

Ainda no ensino médio, Nicolas desenvolveu, ao lado da colega Ana Cecília Assis, o projeto BioH+, que é um fertilizante natural feito a partir do resíduo de caranguejo. A iniciativa sustentável ajuda a resolver o problema do descarte do material e pode ser aplicada na correção de solos agrícolas.

Em dezembro 2024, o projeto foi finalista da Feira Internacional de Iniciação Científica (FENIC), realizada pelo SESI Bahia. Além disso, também conquistou o 1º lugar na Batalha da Semana da Inovação, em Ilhéus, participou da Imersão do Bahia Tech Experience e chegou à final do Desafio Liga Jovem, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para Nicolas, a base fornecida pela escola foi essencial. “O que despertou minha curiosidade científica dentro da Escola SESI foi o fato de que, desde o início, a escola não trata ciência como algo distante, mas como algo que faz parte do nosso cotidiano. Os professores sempre nos incentivaram a olhar para os problemas da nossa própria comunidade e enxergar neles uma oportunidade de pesquisa”, afirmou.

Segundo ele, participar das feiras também contribuiu para ampliar sua visão de futuro. “Esses eventos me mostraram que a ciência e a inovação podem ser um caminho real de carreira, não apenas algo que fazemos na escola. Conhecer outros jovens pesquisadores e receber feedback de profissionais me deu mais confiança e despertou o desejo de seguir uma área ligada à pesquisa, tecnologia e sustentabilidade”, acrescentou.

O professor Glauber Guimarães acompanhou de perto esse processo. Para ele, o ambiente investigativo da Escola SESI é determinante para o surgimento de projetos sólidos. “Como orientador, sempre procuro estimular essa visão investigativa, instigando perguntas e mostrando caminhos possíveis. Foi nesse contexto que o BioH+ nasceu, não como um trabalho pronto, mas como uma inquietação científica que, por meio de acompanhamento técnico e metódico, ganhou forma, objetivo e profundidade”, explicou. Ele ensina na Escola SESI Adonias Filho, em Ilhéus, e é orientador da Iniciação Científica.

Impacto que atravessa fases da vida

A trajetória de Luiza Gabriella começou ainda mais cedo: no 9º ano do ensino fundamental, durante uma atividade piloto de iniciação científica no SESI Candeias. Hoje, ela cursa Engenharia de Software e já participou de seis hackathons (maratonas de tecnologia e inovação), ficando no pódio em quatro. Em outubro, conquistou o 1º lugar no Hackathon de Inovação em Saúde do SESI Bahia, com o desenvolvimento de um aplicativo para agendamento de consultas.

“A iniciação científica me provocou uma inquietude voltada para projetos com impacto social. A Engenharia de Software surgiu como fruto disso, com a ideia de utilizar a tecnologia para resolver esses problemas”, contou.

Hoje, ela enxerga nitidamente o impacto desse percurso. “Esses resultados refletem a base técnica e interpessoal que o SESI me proporcionou. Ver de perto como pequenas ideias se transformam em grandes projetos reforçou meu desejo de seguir carreira em gestão de projetos, análise de dados e pesquisa”, destacou.

Para o professor Glauber, o sucesso dos alunos evidencia o papel da escola como indutora do pensamento científico. “Essas experiências mostraram que pesquisa não é apenas algo escolar, ela pode ser carreira, futuro e propósito. Quando um aluno bem orientado encontra um espaço de validação como a FENIC ou o BTX, ele entende que ciência é um caminho possível e que suas ideias podem alcançar impacto real”, pontuou.

Festival SESI

Nos dias 12 e 13 de dezembro, apaixonados por tecnologia e inovação vão poder aproveitar o Festival SESI, que reúne, em um mesmo espaço, três iniciativas: a 1ª edição da Feira Nacional de Iniciação Científica (FENIC), a 2ª edição Torneio Regional de Robótica FLL, seletiva Bahia da F1 in Schools e o Demoday do Programa de Inovação SESI Bahia, este último exclusivo para os estudantes pesquisadores de iniciação científica das Escolas SESI Bahia.

Realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) da Bahia, por meio da Escola SESI, o evento tem entrada gratuita e atrações para todas as idades. A iniciativa visa agregar valor para o público participante, seja competidor ou visitante, em um evento que reunirá as principais inovações da educação para o século XXI.

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