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Planet Hemp se apresenta no Festival de Verão após 13 anos

A banda se apresentará no sábado (10), na Arena Fonte Nova

  • Foto do(a) author(a) Laura Fernades
  • Laura Fernades

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 14:50

 - Atualizado há 2 anos

“Adivinha, doutor, quem tá de volta na praça?”. Isso mesmo, o Planet Hemp é quem dá o ar de sua graça no Festival de Verão 2016, após 13 anos sem passar pelo evento que ocupa a Arena Fonte Nova, sábado e domingo. A terceira e aguardada participação do grupo carioca acontece no palco principal, sábado, dia que também tem Natiruts, Nando Reis, BaianaSystem, O Rappa e Capital Inicial.Mas não é só isso. A ex-quadrilha da fumaça se apresenta em Salvador pela primeira vez depois do seu retorno aos palcos, em 2012, quando o grupo voltou à ativa após um hiato de 11 anos. O show do Planet Hemp que ia passar por Salvador, em 2012, foi cancelado devido a um desentendimento com a produção local. Ou seja, a apresentação  de sábado promete fazer o público queimar essa espera e curtir até a última ponta de energia.

“Desde que voltamos a fazer shows, em 2012, o lugar de onde mais vem a cobrança pela nossa presença é Salvador. E sempre torci, em todos esses anos, pra que rolasse algo por aí, sempre botei pilha. Fiquei feliz demais quando o show finalmente foi confirmado”, comemora o cantor BNegão, 42 anos, que forma o Planet Hemp ao lado do vocalista Marcelo D2, do baterista Pedrinho, do baixista Formigão e do novo guitarrista Nobru Pederneiras. Pedrinho, Nobru Pederneiras, Marcelo D2, BNegão e Formigão formam o Planet Hemp, que está de volta ao festival(Foto: Washington Possato/Divulgação)Quem está na expectativa para o retorno do grupo pode se preparar para ouvir clássicos que fazem parte da turnê comemorativa dos 20 anos do Planet, que acaba de passar pelo Uruguai. “Vai rolar Dig Dig Dig (Hempa), Mantenha o Respeito, Legalize Já e tudo mais que temos direito”, garante BNegão, sobre o repertório que mistura rap e hardcore.Sem nenhuma participação confirmada para o show, o Planet comemora o fato de ter vários amigos tocando na mesma noite. “Natiruts é classe” e “O Rappa são nossos irmãos”, mas BNegão confessa mesmo que está na contagem regressiva “para ver a explosão da BaianaSystem”. “Pra mim, eles são, disparado, a melhor banda em atividade no Brasil, neste momento”, elogia, sobre o grupo baiano que acaba de vencer o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor show.DiscursoApesar de estar longe de Salvador há tanto tempo, o Planet mostra que seu discurso continua o mesmo e com questionamentos atuais, seja nas letras autorais escritas há mais de 20 anos, ou nas releituras. Um dos exemplos é a música Crise Geral, do grupo Ratos de Porão, que o Planet tem tocado em seus shows. “Essa música tem 40 anos e parece que foi escrita ontem”, pontua BNegão.Ele destaca que os problemas continuam os mesmos: “empreiteiras corrompendo, políticos corrompidos, péssima distribuição de renda, péssima saúde pública, descaso total com a educação pública”. “Dizem que várias coisas melhoraram, mas, na minha opinião, no máximo, ‘despioraram’, pois o caminho é longo. São 516 anos de um país pensado e gerido como uma colônia extrativista...”, critica.Daí vem a ideia de produzir letras que, além do desabafo, “provoquem reflexões, debates e mudanças”. Essa postura, inclusive, já custou caro ao Planet Hemp, que nunca teve medo de falar abertamente sobre a legalização das drogas. Por conta disso, o grupo já foi perseguido por policiais e juízes e teve vários shows proibidos.É esse destemido Planet Hemp que o público de Salvador vai poder matar a saudade. “Graças a minha memória made in Jamaica, não lembro qual foi nosso último show aí, mas me lembro de vários com muito carinho. Desde os shows no próprio Festival de Verão até um show com o Dead Billies e muito mais (fora as perseguições policiais)”, lembra BNegão. “Um dos públicos mais quentes do Planet sempre foi o de Salvador, sem sombra de dúvida”, elogia.