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Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2024 às 17:53
Os adversários políticos do pré-candidato a prefeito de Salvador pelo MDB, Geraldo Júnior, dizem que o discurso do emedebista sobre o transporte público da capital baiana recai sobre ele. A avaliação dos oponentes é que o vice-governador da Bahia comete um “grave erro estratégico”. >
Líder do governo na Câmara de Salvador, Kiki Bispo (União Brasil) critica o discurso de Geraldo Júnior. “O vice-governador não tem moral para discutir mobilidade”, declarou. >
Durante um evento de pré-campanha, Geraldo Júnior disse que a prefeitura "cortou 134 linhas de ônibus de toda a cidade" e prometeu “rever e restabelecer as linhas suspensas”. Para os adversários, as declarações soam para os eleitores como “politiqueiras” e atingem os interesses do governo Jerônimo Rodrigues (PT).>
Os oponentes de Geraldo Júnior afirmam que as mudanças ocorridas ao longo dos últimos anos no sistema de ônibus de Salvador têm um fator: a chegada do metrô. Isso porque, segundo o próprio contrato assinado entre governo e prefeitura, os ônibus não poderiam concorrer com o metrô. Ainda mais especificamente, uma mesma linha não poderia passar por mais de duas estações do sistema metroviário.>
Ao prometer retomar linhas de ônibus que faziam concorrência com o metrô, Geraldo Júnior vai de encontro aos interesses da gestão estadual. Isso poderia, segundo os adversários, resultar em perda de passageiros do metrô e, consequentemente, aumentar o repasse feito pelo estado ao sistema. Em 2023, o governo repassou mais de R$649 milhões ao metrô, número que poderia dobrar ou mesmo triplicar sem a integração. >
Nos bastidores, comenta-se que, caso consiga tirar o VLT do papel, o governo vai querer cortar linhas no Subúrbio para evitar concorrência com o novo modal. >