Advogado comenta vídeo em que mãe de Daniel Alves expôs identidade de vítima

Representante afirma que a mãe do jogador agiu de boa-fé, sem saber que estaria cometendo um crime

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Publicado em 6 de fevereiro de 2024 às 14:08

Daniel Alves e a mãe, Maria Lúcia Alves
Daniel Alves e a mãe, Maria Lúcia Alves Crédito: Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira (5) teve início o julgamento do jogador Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem em uma boate de Barcelona. O advogado baiano Augusto Mendes acompanha o julgamento, em defesa da mãe de Daniel, Lúcia Alves, investigada por vazamento de um vídeo em que a imagem e identidade da denunciante é exposta.  

“Ela recebeu o vídeo e perguntou aos advogados qual seria a possível penalidade e entendeu que a reprodução do vídeo seria importante para provar a inocência do filho”, diz. O advogado afirma que a mãe do jogador agiu de boa-fé, sem saber que estaria cometendo um crime e sem a intenção de gerar transtornos com a exposição da jovem. 

Em toda a transcorrência das investigações, a Justiça espanhola tem poupado a identidade e imagem da denunciante. Até mesmo o interrogatório da jovem, nesta segunda-feira (5) foi realizado a portas fechadas, impedindo o acesso da imprensa. 

Augusto conta que outras pessoas, incluindo amigos da ex-esposa do jogador, estão sendo investigadas pela mesma conduta de reprodução da imagem, mas ainda não se sabe quais penalidades poderiam ser imputadas a Lúcia caso seja criminalizada. Ele afirma, ainda, que no caso da conduta ser reconhecida como criminosa, a ocorrência teria ocorrido dentro do território brasileiro, não sendo responsabilidade da jurisdição espanhola, por essa razão tem acompanhado a família na Espanha. 

Nesta quarta-feira (7), terceiro dia do julgamento, Daniel Alves passará por interrogatório, sendo o último a ser ouvido a pedido da defesa. Augusto explica que o pedido foi feito para que o jogador tivesse acesso a novas provas e declarações, de amigas e primas da denunciante que afirmam ter sido apalpadas pelo jogador, até então desconhecidas por ele.  

O advogado afirmou, ainda, que o interrogatório da jovem, será um dos indícios explorados pela defesa, pois, segundo ele, a mulher não conseguia responder aos questionamentos da defesa, sendo necessária a intervenção da juíza responsável. “As lacunas [na fala] demonstram a fragilidade das provas da denunciante”, afirma. De acordo com Augusto, a defesa busca absolvição ou pena mínima para Daniel, visto que não houve violência empregada.