Associação das Baianas sofreu 40 assaltos em cinco anos

Dessa vez, no entanto, a ação foi mais violenta

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Publicado em 6 de maio de 2024 às 12:00

Portão foi arrancado com uma barra de ferro
Portão foi arrancado com uma barra de ferro Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Na madrugada desta segunda-feira (6), a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos da Bahia (Abam) foi invadida e assaltada. O caso, no entanto, não surpreendeu os associados e pessoas que se beneficiam do espaço instalado no bairro do Pelourinho, pelo contrário.

De acordo com Edvaldo Costa, assessor técnico na área de projetos da Abam, este foi o 40º assalto sofrido pela associação em cinco anos. Dessa vez, no entanto, a ação foi mais violenta. "Arrancaram o portão da parede com um bastão de ferro de mais de um metro, que serviu de alavanca", disse.

O caso foi registrado na Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), mas os membros da associação admitem que estão descrentes em relação às autoridades. "Eles vêm aqui, tiram fotos e dizem que vão solucionar o problema, mas isso não acontece. Esse problema não é só da Abam, mas todo o Centro Histórico de Salvador vem sofrendo com isso", destacou Edvaldo.

No momento da invasão, não havia ninguém no prédio. Os responsáveis pelo espaço só tomaram conhecimento do ocorrido por volta das 8h30 de hoje, quando uma professora do curso de gastronomia do Senac, que funciona em parceria e na cozinha da associação, chegava para ministrar a aula.

A aula, que acontece às segundas e terças-feiras, precisou ser transferida para outro prédio para que a perícia seja realizada. Além dessas oficinas em parceria com o Senac, que atende sobretudo jovens, o espaço é utilizado para capacitação de baianas de acarajé e realização de eventos.

Prejuízos

Estima-se que o prejuízo causado por essa invasão tenha sido de cerca de R$ 10 mil. Entre os itens levados estão uma TV, caixas de som, utensílios de cozinha e grande parte dos alimentos utilizados nos cursos. Além disso, houve a quebra do portão e diversos itens, como manequins e uma das câmeras de segurança, foram danificados.

A associação sobrevive basicamente das mensalidades simbólicas, no valor de R$ 12, pagas pelas baianas de acarajé cadastradas. Assim, todo o prejuízo causado por este e pelos outros assaltos são arcados com os poucos recursos próprios.