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Avião Solidário transporta três micos-leões-dourados da Bahia para São Paulo e reforça conservação de espécie ameaçada

Animais foram transferidos do interior baiano para o Zoológico de São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 06:00

Três espécimes de micos-leões-dourados foram tratados em centro criado por mineradora depois de serem resgatados em más condições de de saúde Crédito: Divulgação 

A luta pela preservação do mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas), espécie endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção, acaba de ganhar um capítulo de esperança. Três animais reabilitados no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) da empresa de mineração Bamin foram transportados de Ilhéus (BA) para São Paulo, na última quarta-feira (24).

Eles agora passam a integrar o programa de conservação ex situ (fora do habitat natural) do Zoológico de São Paulo, que busca reforçar a variabilidade genética da população ameaçada. Os três animais foram transportados gratuitamente no Avião Solidário da Latam, programa que há mais de uma década conecta pessoas e causas em todo o país.

Os animais foram encontrados em situações críticas. Um macho adulto, resgatado na cidade de Una, sul baiano em novembro de 2024, estava debilitado e com dificuldades locomotoras. Após estabilização clínica, obteve recuperação plena. Uma fêmea adulta foi encaminhada em julho de 2025 pelo ICMBio, vítima de trauma cranioencefálico (TCE) grave. Com manejo intensivo, recuperou o equilíbrio motor e responsividade. Outro macho adulto, também com diagnóstico de TCE grave e tetraparesia, resgatado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), evoluiu de forma gradual após reabilitação neurológica. Todos foram microchipados e liberados clinicamente para a transferência.

Para a analista de meio ambiente da Bamin, Bárbara Buss, a ação reforça o papel da empresa na defesa da fauna brasileira. “O Cetras Bamin foi criado para ir além das áreas próximas ao Porto Sul, recebendo e reabilitando animais silvestres de toda a região.

Esses três micos-leões-da-cara-dourada simbolizam a força da cooperação entre órgãos ambientais e parceiros privados em prol da biodiversidade”, afirma. Ela destaca que cada reabilitação bem-sucedida tem impacto direto na conservação da espécie. “Trabalhar pela recuperação de um animal ameaçado é dar a ele uma nova chance, mas também é preservar uma parte essencial do patrimônio natural da Bahia e do Brasil”, finaliza.

Em 2024, a cidade de Ilhéus reconheceu oficialmente o mico-leão-da-cara-dourada como símbolo municipal (Lei nº 4315/2024), reforçando o compromisso local com a preservação da espécie que tem na região seu principal habitat natural.

De carona

Graças ao Avião Solidário Latam, liderado nesta ação pela equipe da Latam Cargo, o percurso precisou de apenas 2h10, evitando mais de 20 horas de viagem terrestre. Em 13 anos de existência, o programa Avião Solidário da empresa aérea já transportou mais de 868 toneladas de cargas em apoio humanitário, mais de 4,6 mil animais em ações de conservação e 282 milhões de vacinas durante a pandemia de covid-19.

Além disso, em 2024, o programa levou mais de 200 toneladas de doações e 130 voluntários – entre médicos, enfermeiros, veterinários e bombeiros – para apoiar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

No Brasil, o programa mantém parcerias com instituições como Amigos do Bem, Movimento União BR, Gastromotiva, Por1Sorriso, Instituto Rodrigo Mendes, Amazone-se, SOS Mata Atlântica, AZAB, Alto Arapiuns e ASBRAD. Somente entre 2024 e 2025, o Avião Solidário viabilizou dezenas de transportes de animais silvestres ameaçados de extinção.