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Avicultores têm prejuízos de mais de R$ 2 milhões com mortes de aves por causa do calor

Produtora de Conceição da Feira registrou quatro episódios que resultaram em danos econômicos neste ano

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 07:30

A junção do calor com as quedas de energia elétrica é uma das principais preocupações de avicultores baianos. O fato de altas temperaturas influenciarem a maior incidência de estresse térmicos nos animais reflete em índices de mortalidade que chamam atenção. Neste ano, especificamente, produtores do estado registraram prejuízos de mais de R$ 2 milhoes com mortes de aves por causa do calor.

A produtora Kesley Jordana, que também é presidente da Associação Baiana de Avicultores (ABA), está na lista de prejudicados. Somente em 2023, a avicultora registrou quatro sinistros – termo utilizado pelos produtores para denominar as ocorrências de perda de aves. O primeiro aconteceu em fevereiro, quando 46 mil aves morreram por causa das condições climáticas na cidade de Conceição da Feira. O caso resultou na perda de aproximadamente 152 toneladas de carne e um prejuízo financeiro de mais de R$ 1 milhão.

Em seguida, Jordana registrou mais duas ocorrências do tipo. Desta vez, na granja que fica na região de Cabaceiras do Paraguaçu, no recôncavo baiano, com a perda de 7800 aves, e outro na BR-101, onde mais de 4500 aves morreram por causa do calor.

O último episódio aconteceu há pouco mais de uma semana, no último dia 19. Uma árvore caiu sobre cabos elétricos da rede da Neonergia Coelba, que informou que a interrupção na região de Conceição da Feira foi ocasionada por "ações intempestivas na rede elétrica local". Neste caso, o prejuízo foi de R$ 300 mil, com a morte de 20 mil frangos de corte, prontos para o abate.

Para ter uma boa produção de aves, é importante monitorar o comportamento dos animais, com a possibilidade de ajuste de condições de térmicas caso seja necessário. Por isso, a queda de energia é um fator determinante para a ocorrência de prejuízos nas granjas, visto que o fornecimento do serviço é primordial para o funcionamento de sistemas de monitoramento e ventilação dos galpões.

De acordo com Jordana, o calor afeta a criação de frango de corte de diferentes maneiras. O estresse térmico causado por altas temperaturas influencia na redução de ingestão de alimentos, dificulta o ganho de peso dos animais e os torna mais suscetíveis a doenças.

"Temperaturas extremas podem ser fatais para frangos de corte. O estresse térmico ocorre quando as temperaturas estão significativamente acima do ideal. Geralmente, temperaturas acima de 35°C podem aumentar o risco dessa condição em frangos de corte", explica a produtora.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro