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Bahia ganha 1º centro de treinamento gratuito de ginástica artística

Inaugurado nesta terça-feira (26), espaço é inicialmente voltado para a formação de base de 200 crianças na modalidade esportiva

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  • Larissa Almeida

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 20:51

Atletas de ginástica se apresentaram durante evento de inauguração do centro de treinamento Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Das cambalhotas às valsas performadas no ar, o impulso necessário para que cada ginasta artística desenvolva seus números no tatame perpassa a força e a habilidade, mas começa efetivamente no treinamento. Agora, essa primeira oportunidade será possível para os jovens baianos que sonham em se consagrar na ginástica artística. Eles passaram a contar, nesta terça-feira (26), com o Projeto Centro de Excelência Jovem Promessa na Ginástica Artística.

Lançada pela Federação Bahiana de Ginástica (FBG), a iniciativa vai proporcionar treinamento para 200 crianças na modalidade em um espaço que foi oficialmente inaugurado durante evento no Centro de Treinamento de Boxe e Artes Marciais Waldemar Santana, no Largo de Roma. Em seguida, aconteceu a apresentação da equipe infantil de ginástica da Loterias Caixa, que patrocina o projeto, e da Casa de Ginástica da Bahia (Cagiba), com números acrobáticos, rítmicos e artísticos.

O projeto tem como objetivo desenvolver as primeiras habilidades e técnicas da ginástica artística para 200 crianças de 7 a 10 anos, de forma gratuita. Para isso, terá dois profissionais e dois estagiários, que, em cada turno (manhã e tarde), vão treinar sete turmas de até 15 alunos, duas vezes por semana. O horário dos treinamentos será estabelecido de acordo com a faixa etária.

A iniciativa tenta democratizar o acesso ao esporte, afinal, a ginástica artística é uma modalidade de alto custo. Só o collant, traje das atletas femininas durante as apresentações, custa em média R$ 1,2 mil. No que diz respeito aos aparelhos, uma paralela profissional custa cerca de R$ 600 mil, enquanto uma trave do mesmo tipo é vendida por aproximadamente R$ 200 mil.

Diante desse cenário, o centro de treinamento surge como única saída para quem quer que os filhos vivenciem o esporte gratuitamente. Ainda sem data definida, as inscrições serão feitas através do site da Federação Bahiana de Ginástica - a divulgação acontecerá pelas redes sociais da FBG, que vai abrir uma seleção. Não é necessário ter contato prévio com o esporte para ser escolhido.

Com a iniciativa recém-inaugurada, o vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Ginástica, Ricardo Resende, acredita que o estado se reinsere de vez no cenário nacional da modalidade. “Nos últimos dois anos, a Bahia realizou o maior evento de ginástica artística desse país [o Campeonato Brasileiro, em Lauro de Freitas], então nada melhor do que dar esse presente e trazer o centro de treinamento de ginástica artística para cá. Não tenho dúvida de que vão sair novas Rebecas Andrade, novas Daianes dos Santos e, acima de tudo, novos cidadãos”, disse.

Na opinião da presidente da FBG, Evelin Lobo, a inauguração do centro de treinamento marca a história da ginástica local. “É só o início de uma longa jornada da história da ginástica da Bahia. O benefício vai além do rendimento e do resultado que vai ser desenvolvido ao longo do projeto, então temos muito a agradecer por essa oportunidade e marco histórico que estamos vivenciando e que vai ampliar ainda mais o número de representantes do nosso estado”, declarou.

Mãe de três jovens atletas da ginástica rítmica, Daniella Martinelli Improta conta que o alto custo das escolinhas particulares de ginástica artística foi o que a fez inscrever seus filhos em outra modalidade. Agora, com a inauguração do centro de treinamento, ela afirma que a dúvida já está semeada na cabeça do pequeno Lucas e das pequenas Stefany e Tiffany.

"Eles já estão me perguntando o que fazer se surgir a possibilidade de fazerem ginástica artística. O menino, principalmente, quer muito. A questão é só a distância, mas eu amei o espaço. Almejávamos, mas era um sonho muito distante aos nossos olhos. Agora a ginástica tomou um ritmo. É uma vitória", comemorou.

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Atleta de ginástica Lucas Improta e sua mãe, Danielle Improta Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

A confeiteira Mariana Guedes, 43, elogiou a iniciativa. Mãe de Olívia Guedes, de 9 anos, ela relata que a filha desde muito cedo gostava de dar cambalhotas e fazer estrelinhas, o que a levou até a ginástica. "Eu incentivo porque quero ela no esporte. É maravilhoso para nós que não temos como arcar com os custos e ela gosta, então estou muito feliz com a abertura desse espaço", finalizou.