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Priscila Natividade
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Quem trabalha como eletricista não tem o que reclamar do ano que passou. Segundo um levantamento feito com exclusividade para o CORREIO pelo site iPrestador, o profissional foi o mais requisitado no período. Do volume total das buscas na plataforma digital, 10% das consultas apontaram para a contratação de eletricistas. >
Logo em seguida vieram as buscas por pedreiro (4%), serralheiro, encanador e técnico de informática (3%, cada). Juntando as outras atividades somam 76%. “Grandes reformas migraram de tamanho e isso acabou gerando mais demandas de serviços pequenos ao longo do tempo. O serviço elétrico requer um profissional qualificado, logo, muitos preferem contratar em vez de fazer por conta própria”, explica um dos fundadores do iPrestador, Ronaldo Barros.>
Ainda segundo ele, em 2018, as profissões na área de reformas e obras em geral vão continuar em alta. “Para se dar bem, é necessário ouvir o cliente, ter agilidade, preço justo e entrega no prazo acordado. Um cliente satisfeito ajuda a divulgar o profissional e, com isso, atrair mais trabalhos”, aconselha. >
Haja demanda>
Um ajuste aqui, um sensor de presença ali, uma bomba d’água que pifou do nada, um interfone que quebrou e até mesmo a troca da resistência do chuveiro. Dos pequenos aos maiores serviços, o eletricista Samuel França se deu bem e teve mês que conseguiu tirar de R$ 3 mil a R$ 5 mil. “Não falta trabalho. Em 2017, eu ganhei 30% a mais. Achava que seria um ano ruim, por causa da crise, e me surpreendi”, pontua. >
Por semana, ele chega a fazer, em média, dez serviços. Um dos mais caros é a mão de obra da instalação residencial completa, que custa R$ 2,5 mil. O mais simples, como a instalação de um ventilador, sai por R$ 50. Quando Samuel viu o potencial que a área tinha, ainda trabalhava como vendedor em uma loja de materiais elétricos. >
“Como a procura era grande, busquei um curso, me especializei e saí de trás do balcão. Só hoje fiz sete serviços. Não aceitei mais porque o dia só tem 24 horas. A maior demanda é em condomínios. Tudo necessita de eletricidade. Aí o profissional tem sempre que estar acompanhando para não ficar pra trás”.>
O porteiro César Costa é mais um que enxergou de longe onde ia garantir uma grana a mais. “Toda hora aparecia um morador pedindo indicação. Daí, fiz o curso de eletricista e me joguei”. >
De serviço em serviço, o trabalho de eletricista incrementa em 30% o salário de César, que um dos dias da semana passada nem dormiu direito para instalar quatro ventiladores e ainda bater ponto na portaria do prédio que trabalha. “No Verão, esse é o serviço mais requisitado. Com esse calor todo, o mês tá bom demais”.>
ONDE SE QUALIFICAR>
Senai oferece os cursos de Eletrotécnica e Eletromecânica em praticamente todas as suas unidades. O curso dura 24 meses e o valor das mensalidades varia de R$ 272 a R$ 395 (Eletrotécnica) e R$ 255 a R$ 375 (Eletromecânica). Contato: (71) 3534-8090. senaiweb.fieb.org.br/senai/.>
Instituto Mix Salvador tem cursos profissionalizantes de Eletricista Predial e Residencial nas unidades de Cajazeiras, Nazaré, Mares e Liberdade. A mensalidade é R$ 199,52, mas há desconto de 30% para pagamento à vista do valor integral do curso, que sai por R$ 2,1 mil. São dez meses e meio de duração. www.institutomix.com.br. Contato: (71) 3395-1198/ 3326-3525/ 3013-5050/ 3321-2852. >
Escola de Engenharia Eletro-Mecânica da Bahia (EEEMBA) há cursos de Rede de Distribuição (R$ 2,4 mil), Instalações Elétricas Prediais (R$ 370 à vista/ R$ 400 no cartão), NR 10 Normas de Eletricidade (R$ 560), NR35 Normas de Altura (R$ 330 à vista/ R$ 350 no cartão de crédito) e NR10 SEP de Potência (R$ 495).temp.eeemba.br/ Contato: (71) 2103-5914. >