Carros ficam debaixo d´água em faculdade particular de Salvador

Unidompedro cancela aulas presenciais após fortes chuvas nesta segunda-feira (8)

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Millena Marques

  • Larissa Almeida

Publicado em 8 de abril de 2024 às 22:36

Alagamento em estacionamento da Unidompedro
Alagamento em estacionamento da Unidompedro Crédito: Arquivo Pessoal

Dezenas de carros ficaram debaixo d’água no Centro Universitário UnidomPedro, no Campus Patamares. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver os automóveis alagados no estacionamento da unidade de ensino superior. De acordo com o pró-reitor da instituição, Walmir Martins, as aulas presenciais foram suspensas nesta segunda-feira (8).

“Aulas suspensas no Campus Patamares devido às fortes chuvas que caíram na cidade e alagaram o bairro de Patamares, impossibilitando os deslocamentos de professores, funcionários e alunos”, disse.

Martins também informou que as aulas continuam de forma virtual, “para que não houvesse prejuízo a sequência do semestre letivo. Caso continuem as chuvas e os alagamentos no bairro de Patamares, teremos aulas virtuais na terça-feira (8) também”, explicou o reitor.

Balanço das chuvas

No total, 138 deslizamentos de terra foram computados somente nesta terça-feira, sendo a maioria das ocorrências concentradas nos bairros de Pau da Lima (31), Liberdade (29) e Cajazeiras (22), respectivamente. No bairro do Politeama, um deslizamento de terra que ocorreu na fundação de um edifício residencial atingiu a sede da Transalvador, nos Barris, deixando uma funcionária da autarquia ferida, além de quatro carros soterrados. Uma cratera também se abriu no prédio.

A terra atingiu a copa, onde estava a funcionária, durante a madrugada. Segundo Décio Martins, superintendente da Transalvador, ela recebeu atendimento médico logo após o ocorrido. "Ela saiu andando e logo em seguida foi levada para uma unidade de saúde em uma viatura nossa", explicou, em entrevista à TV Bahia.

Após o ocorrido, o expediente na sede da Transalvador foi suspenso e o atendimento ao público foi cancelado. Todos os moradores foram retirados do edifício desabado. Segundo Sosthenes Macedo, diretor da Defesa Civil, os engenheiros fizeram uma avaliação da estrutura ainda na madrugada. "Fomos chamados por volta das 1h, estive aqui com o engenheiro, identificamos o risco, fizemos o isolamento, tiramos os moradores. Agora pela manhã, vamos fazer uma nova avaliação para garantir a segurança não só para os moradores, mas para a autarquia", afirmou, em entrevista à TV Bahia.

Além de deslizamentos de terra, a Codesal registrou 13 desabamentos de muros, sete quedas de árvores, quatro desabamentos de imóveis, três rompimentos de pistas e um imóvel alagado ao longo do dia. Por conta dos transtornos causados pelas chuvas, todas as 14 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme foram acionadas em áreas de risco, que estão localizadas no Mamede, Bom Juá, Irmã Dulce, Mangabeira 1, Mangabeira 2, Calabetão, Vila Picasso, Creche, Moscou, Voluntários da Pátria, Baixa do Cacau, Bosque Real e Olaria.

As sirenes são acionadas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) quando são registradas chuvas fortes acima de 150 mm em 72 horas. Atendendo ao que determina o Plano de Prevenção de Defesa Civil (PPDC), a Defesa Civil emitiu, no domingo (7), um alerta máximo devido ao acumulado de chuvas acima de 150 milímetros nas últimas 72 horas na capital baiana.

Os moradores nas comunidades foram conduzidos a uma unidade de acolhimento localizada em escola do município, onde ficam abrigadas até a cessação do risco. "As pessoas devem ficar atentas, procurar sair de suas casas ao menor sinal de risco, buscar abrigo em locais seguros, mesmo que a intensidade da chuva se reduza. O solo continua bastante encharcado e é grande o risco de deslizamento", alerta o diretor da Codesal, Sosthenes Macêdo.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro