Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Comunidades pesqueiras na Bahia sofrem com desmatamento e contaminação de águas

Situação é apresentada em evento do Conselho de Pescadores e Pescadoras da Bahia e Sergipe, em Salvador, nesta quarta (7)

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 7 de maio de 2025 às 19:17

Criação de camarões as margens de comunidades do Sobradinho
Criação de camarões às margens de comunidades do Sobradinho Crédito: Divulgação/  Ascom CPP Bahia-Sergipe

Diminuição do pescado, desmatamento de manguezais, contaminação das águas, expulsão de comunidades e perda de territórios tradicionais são alguns dos problemas enfrentados por diversas comunidades pesqueiras da Bahia. Esses impactos comprometem a subsistência, a soberania alimentar e a identidade cultural dessas comunidades. A situação será apresentada pelo Conselho de Pescadores e Pescadoras da Bahia e Sergipe (CPP Ba/Se) durante o lançamento do Relatório 2024 sobre Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil.

O evento será nesta quarta-feira (7), às 19h30, no auditório de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro de Ondina, com entrada gratuita.

O relatório mostra que, na Baía de Todos-os-Santos, a situação é grave, devido às constantes ameaças ambientais decorrentes da indústria química, expansão portuária, turismo excludente, especulação fundiária e o racismo ambiental, exemplificado pelo caso da comunidade quilombola de Boca do Rio. A comunidade enfrenta remoções forçadas e possíveis dinamitações em seu território ancestral, em um cenário de violação sistemática de direitos com apoio de órgãos públicos e empresas privadas, segundo o conselho.

No Submédio São Francisco, a agricultura irrigada, mineração, hidrelétricas e parques solares alteram o ciclo natural do rio, prejudicando a reprodução de espécies e o modo de vida das comunidades ribeirinhas. No Baixo São Francisco, a salinização da água e a destruição de manguezais pela carcinicultura ameaçam a sobrevivência das famílias pesqueiras.

Extração irregular de areia na comunidade quilombola do Pratigi, em Camamu
Extração irregular de areia na comunidade quilombola do Pratigi, em Camamu Crédito: Divulgação/ Ascom CPP Bahia-Sergipe

No litoral sergipano, o derramamento de petróleo de 2019 causou danos ambientais severos, atingindo comunidades costeiras, manguezais e ecossistemas vitais para a pesca artesanal.

O evento de lançamento do relatório tem como objetivo dar visibilidade às denúncias, relacionar os impactos ambientais às suas consequências socioeconômicas, amplificar as vozes das comunidades e cobrar do poder público medidas concretas para enfrentar as violações de direitos humanos.