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Da Av. ACM para Águas Claras: entenda o que muda com o novo endereço da rodoviária de Salvador

Novo local contará com novo perfil de comércio e possível limitação de capacidade para frota extra

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 9 de abril de 2025 às 05:30

Obras da Nova Rodoviária de Salvador Crédito: Marina Silva/CORREIO

A promessa de uma rodoviária maior e mais moderna foi o que motivou o início da construção da Nova Rodoviária de Salvador, em Águas Claras, no ano de 2021. No entanto, a nova construção, que tem prazo de entrega projetado para o início do segundo semestre, prevê mudanças radicais em relação à atual rodoviária situada na Av. ACM, que vão desde a expansão do comércio à limitação do espaço para frota extra.

Desde a divulgação da obra em 2020, ainda no governo petista de Rui Costa, foi projetado que a Nova Rodoviária de Salvador mudaria de endereço para se tornar o lugar de maior embarque e desembarque do Norte Nordeste. O projeto prevê que o terminal receberá ônibus metropolitanos, intermunicipais, estaduais e aqueles que circulam no entorno da rodoviária.

Enquanto a atual rodoviária possui 150 mil metros quadrados, sendo 21,5 mil metros quadrados de área construída, a nova rodoviária tem previsão de operar em 70 mil metros quadrados – o terreno, ao total, chega ao tamanho de 200 mil metros quadrados.

Grande parte da área da construção será dedicada à expansão do comércio já existente no terminal rodoviário da Av. ACM. Segundo os permissionários, foi ofertado a todos os lojistas a possibilidade de migração para o novo endereço, tendo como principal mudança o valor do aluguel, que aumentou para se adequar ao perfil do mini shopping que será erguido no terminal rodoviário de Águas Claras.

O preço do aluguel se tornou um impasse para alguns lojistas, que se questionam se o investimento valerá a pena. A dúvida é justificada pelos custos da mudança, que fica completamente no encargo dos comerciantes, sem nenhum incentivo financeiro. Os gastos incluem implementação de forro, piso, realização de pintura, instalação elétrica e hidráulica. Além disso, há preocupação com outros problemas, como a perda da clientela.

“Foi vendido para nós que a rodoviária terá um fluxo maior por ali ter um mini shopping – e não efetivamente só uma rodoviária. [...] Acontece que nós já temos um público primário. Não vivemos só dos embarques, vivemos também do público que está ali ao redor, buscando um serviço ou lanche específico. Então, mudar é um desafio muito grande para nós, mesmo com os estudos que já foram feitos”, desabafa o lojista Gustavo Vilar, que atua no segmento há 20 anos e comanda o Café da Estação, na atual rodoviária de Salvador.

Transporte integrado

Além da expansão do comércio, a nova rodoviária dará acesso aos principais modais de Salvador. Haverá integração com a estação de metrô Águas Claras, que foi inaugurada no ano passado, além de integração com o terminal de transporte de ônibus metropolitanos, intermunicipais e interestaduais.

Também está prevista a ligação com a Avenida 29 de março, a partir da integração da rodoviária com o corredor de BRT, que futuramente vai funcionar no local.

Redução de capacidade para frota extra

Segundo uma fonte que acompanhou a última reunião de balanço do andamento das obras, a Nova Rodoviária de Salvador passará a ser a maior do Nordeste em tamanho de área total, mas terá a desvantagem de ser a menor em tamanho poligonal, o que implica em diminuição do espaço para estacionamentos de ônibus.

Diante dessa mudança, a fonte afirmou que o velho problema de superlotação no São João e em outras datas que registram grande fluxo de passageiros na rodoviária não deve ser resolvido a partir da mudança de endereço. “Os ônibus vão ter que ter as garagens deles e vir justamente no horário. Não vai ter lugar para estacionar”, garantiu.

A diminuição do espaço para os estacionamentos também vai implicar na limitação da capacidade para frota extra, que é uma necessidade durante feriados. Dessa forma, é possível que o estendimento do serviço do transporte rodoviário fique comprometido.

A reportagem procurou a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que responde pelo andamento das obras da Nova Rodoviária de Salvador, para esclarecer se a diminuição da área poligonal da rodoviária irá impactar o espaço de estacionamentos de ônibus e comprometer a capacidade de oferta de frota extra. O órgão não respondeu.