Deputado quer convocar Rui Costa para explicar suposta interferência na Polícia Civil

O requerimento seria votado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado nesta terça-feira (9), mas foi adiado para a próxima semana

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Publicado em 9 de abril de 2024 às 16:58

(Recife - PE, 24/05/2019) Palavras do Governador da Bahia, Rui Costa.Foto: Marcos Corrêa/PR
Ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) Crédito: Marcos Corrêa/PR

O deputado federal baiano Capitão Alden (PL) quer convocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para explicar a suposta interferência na Polícia Civil na época em que era governador da Bahia. A intervenção no órgão estadual teria ocorrido no caso dos respiradores comprados no período da pandemia da Covid-19.

Em seu acordo de delação premiada, a dona da Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, relatou que as citações aos nomes de Rui Costa e da ex-primeira-dama do estado, Aline Peixoto, que é atual conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), no depoimento à Polícia Civil foram omitidas pelos investigadores do órgão estadual. O que seria, segundo ela, uma ação para blindar o casal.

Segundo a versão da delatora, a contratação da Hempcare, que forneceria 300 respiradores no período da pandemia da covid-19, foi intermediada pelo empresário baiano Cleber Isaac, que se apresentou como "amigo” de Rui e Aline.

“É crucial que o ministro Rui Costa explique para a população e para os membros desta Comissão de Segurança Pública, de forma clara e transparente, as acusações de sua suposta interferência na condução das investigações. Tais alegações levantam preocupações sérias sobre a independência e a imparcialidade das autoridades encarregadas da aplicação da lei”, escreveu Capitão Alden, no requerimento.

O requerimento seria votado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), mas foi adiado para a próxima semana.

Procurada pelo CORREIO, a assessoria de comunicação do ministro Rui Costa disse que não vai se manifestar. A Polícia Civil também informou que ainda não irá se posicionar sobre o assunto.