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Mãe e irmã da cantora foram ouvidas pela polícia nesta terça-feira (31) em Dias D’Ávila
Raquel Brito
Publicado em 31 de outubro de 2023 às 20:49
Dolores e Soraya Correia, mãe e irmã da cantora gospel Sara Mariano, foram ouvidas na 25ª Delegacia, em Dias D’Ávila, na tarde desta terça-feira (31). De acordo com Marcus Rodrigues, advogado da família, os depoimentos irão substanciar as investigações de forma contundente.
“A Sara confidenciava tudo para a mãe via WhatsApp e através de áudios. Esses áudios já foram colecionados e foram passados para a autoridade policial. São áudios importantes, que trazem uma carga probatória muito grande para que a manutenção da prisão do acusado continue”, afirma Rodrigues.
Abalada, Dolores falou pouco após o depoimento. Para ela, neste momento, o único desejo é a justiça divina. “[Ederlan] é um psicopata. Acabou de pedir uma boneca para a filha, dizendo que [ela] nunca teve condição de pedir uma boneca, mas esse homem está louco. Ele se ajoelhou perante o policial e pediu uma boneca para ela. E ele sabe que minha filha trabalhou muito pela filha dela”, disse.
Ederlan Mariano, acusado pela morte de Sara, passou por uma audiência de custódia na manhã desta terça-feira. Na audiência, foi determinado que sua prisão temporária seja mantida por 30 dias.
Sara deixou uma filha de 11 anos, que está na casa dos pais de Ederlan. Segundo o advogado Marcus Rodrigues, a família de Sara tentou levar a menina ao velório para que pudesse se despedir da mãe, mas não conseguiram, devido ao tempo para que a decisão fosse tomada pelo juiz.
Agora, a família materna busca a guarda da criança. Sarah Barros, também advogada da família, deu entrada na Justiça, na tarde desta terça-feira, para a discussão da tutela da filha do casal.
“A gente não tem comunicação desde o dia que o corpo de Sara apareceu. A família dela busca ter um contato com os pais do acusado, mas, quando acontece, é uma comunicação conflituosa, sem êxito. Eu acredito que o último momento de uma criança de 11 anos de ver sua mãe foi furtado dela”, diz Rodrigues.
De acordo com o advogado, a menina ficou sob responsabilidade dos avós paternos após a morte de Sara por uma questão de distância, visto que a família da vítima mora no Maranhão.
“O que estamos buscando, a partir de hoje, é a guarda, para que a menina fique com a mãe da Sara, uma vez que, querendo ou não, a criança está num ambiente hostil. Já houve busca e apreensão onde ela estava, policiais adentraram, e essa busca pode acontecer mais uma vez a qualquer momento. Acreditamos que o melhor ambiente para ela ficar é o ambiente da avó materna”, conta.