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Em uma semana, três invasões a parlamentos por servidores são registradas na Bahia

Atitudes acendem alerta sobre radicalização de movimentos sindicais

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 2 de junho de 2025 às 05:00

Câmara aprovou reajuste dos servidores durante sessão marcada  por invasão
Câmara aprovou reajuste dos servidores durante sessão marcada por invasão Crédito: Antonio Queirós/CMS

A última semana foi marcada por uma escalada de tensão entre servidores públicos e o Poder Legislativo na Bahia. Em apenas sete dias, três episódios de invasão a parlamentos foram registrados no estado, envolvendo categorias em greve ou em protesto contra projetos de interesse das prefeituras e do governo estadual. A postura violenta de sindicalistas, com ataques a vereadores e deputados, tem gerado preocupação entre as autoridades públicas e levado a discussões sobre a necessidade de responsabilização dos envolvidos.

O primeiro caso aconteceu em Salvador, onde integrantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindseps) invadiram o plenário da Câmara Municipal durante uma sessão que discutia o reajuste salarial da categoria. A manifestação, que começou do lado de fora do Centro de Cultura da Câmara, terminou em tumulto, com agressões a vereadores e a suspensão dos trabalhos. Vídeos registrados no local mostram o clima de tensão e os gritos dos manifestantes, que forçaram a entrada no plenário e interromperam os debates.

Na última terça-feira (27), a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) também foi palco de protestos violentos. Integrantes do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj), que também estão em greve, invadiram o plenário da Casa e forçaram o encerramento da sessão, gerando tumulto na sede do Legislativo estadual. O episódio provocou críticas de parlamentares, que cobraram medidas para garantir a ordem na Casa.

O terceiro caso foi registrado em Itambé, no Sudoeste baiano, onde servidores municipais invadiram a Câmara de Vereadores durante a votação de um projeto de lei enviado pela prefeitura. A sessão teve que ser suspensa, e os vereadores precisaram deixar o local. A invasão gerou grande repercussão na cidade, acirrando os ânimos entre a categoria e o legislativo municipal.

A sequência de episódios levantou preocupações sobre a radicalização das manifestações de servidores na Bahia. Autoridades destacam o risco à integridade física de parlamentares e servidores das casas legislativas, além de reforçarem a necessidade de garantir a liberdade de debate nos parlamentos.

As três invasões acendem o alerta para o risco de que atos de protesto ultrapassem os limites do debate democrático e se tornem ataques diretos ao funcionamento das instituições públicas. Autoridades estudam medidas para reforçar a segurança dos parlamentos e coibir ações violentas nas Casas Legislativas da Bahia.

Em Salvador, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), que participou da invasão à Câmara Municipal ao lado de sindicalistas, é alvo de representação, que foi protocolada na Casa por um grupo de vereadores da capital baiana.

No episódio, Bruno Carianha, integrante do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador e um dos líderes da invasão da Câmara, foi acusado de lesão corporal dolosa, incitação ao crime, dano qualificado ao patrimônio público, resistência à prisão e vias de fato. Ele chegou a ser detido por agentes da Polícia Militar durante a invasão.