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Entenda como as fumaças de queimadas atravessam os estados; o que são os rios de vento?

A Bahia já registrou 3.502 casos de focos de queimadas em 2024

  • V
  • Vitor Rocha

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 07:30

Queimadas em Morro do Chapéu
Queimadas em Morro do Chapéu Crédito: Divulgação

O Brasil já registrou 131.168 focos de queimadas em 2024, conforme levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Apesar de apenas 3.502 casos terem origem na Bahia, as fumaças viajam através do ar e contaminam os baianos.

Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), assegura que esse fenômeno ocorre devido ao tamanho dos incêndios. "Quando há essa quantidade de queimadas, elas vão evoluindo até o ponto em que a fumaça sobe a altitude e chega à atmosfera, permitindo que vá de um ponto a outro através das correntes de vento", afirma. Ela complementa que, dependendo da condição e do tempo, a fumaça pode, inclusive, permanecer na atmosfera. "Quando você está com uma atmosfera estável, mantendo essa massa de ar quente e seco, essas fumaças provenientes de queimadas ficam retidas que nem um tampão", explica.

Ramos ainda esclarece o fenômeno dos "rios de vento" e como eles propagam a poluição do ar. "Temos os ventos alísios, que são comuns na região equatorial. Quando há umidade, eles carregam vapor de água para diversas regiões. Em geral, esses movimentos ocorrem da Amazônia em direção ao Centro-Oeste e ao Sul", explica. No entanto, ela explica que, em situações de seca e queimadas, os poluentes também são levados por esses ventos. Segundo ela, a fumaça na atmosfera, por exemplo, pode ser carregada pelos "rios de vento" para outras partes do país.

De acordo com a meteorologista, essa poluição afeta o meio ambiente e, consequentemente, diversos setores da sociedade. "Desde o setor da aviação, já que diminui a visibilidade na atmosfera, até os produtores rurais. A fumaça pode contaminar as plantações, atrapalhar as plantas, atrapalhar a respiração do produtor. Muitos setores são impactados", alerta.

Com orientação da subeditora Monique Lôbo.