Estudantes baianos usam vegetais da caatinga para produzir creme dental orgânico

Produto é orgânico e de baixo custo

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Publicado em 27 de maio de 2024 às 14:38

Estudantes baianos criam nova fórmula
Estudantes baianos criam nova fórmula Crédito: Divulgação Secti

Estudantes do Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba, no interior da Bahia, desenvolveram durante a mostra de iniciação científica estudantil um creme dental orgânico ao explorar componentes da caatinga. O objetivo era fazer um produto sustentável, de baixo custo e que cuidasse da saúde dental. 

Participaram da iniciativa os alunos Késia dos Santos, Marina Alves e Osvaldino de Souza, A escolha do extrato do juazeiro e da hortelã, de acordo com a estudante Késia dos Santos, é um meio de preservar práticas tradicionais a partir de conhecimentos ancestrais.

“Após escutar relatos positivos de pessoas idosas sobre o uso do juazeiro e da hortelã, tivemos certeza sobre a importância de elaborar uma alternativa sustentável para as pessoas que não têm condições financeiras de manter a saúde bucal através de meios convencionais”, diz.

Por ser desenvolvido com menos química, o produto é uma opção sustentável. Késia explica que os principais ingredientes naturais, além de colaborarem com o meio ambiente, apresentam propriedades em comum que auxiliam na saúde.

“O juá tem características antissépticas, antimicrobianas, anti-inflamatórias, além de ser um clareador natural. Já a hortelã tem propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e é um ótimo antifúngico. Ao produzir o creme dental, foi necessário extrair os componentes principais do juazeiro e da hortelã”, afirma ela.

Os jovens, que contam com apoio do orientador William Oliveira, acreditam que o produto atenderá às necessidades locais. Por isso, continuam empenhados na pesquisa e na distribuição do creme dental em maior escala, auxiliando a população que consome produtos naturais na região.

“O cuidado da higiene bucal é fundamental para o bem-estar. Pensando nisso, avaliamos o projeto como um modo acessível de colaborar com a comunidade e valorizar o bioma da região”, conclui. O projeto é desenvolvido no Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação (SEC).