Ex-prefeita de Maragogipe acusa PMs de espancamento no Carnaval: 'Essa covardia não pode continuar'

Ocorrência aconteceu na segunda (12)

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Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 16:54

Briga deixou feridos em Maragojipe
Briga deixou feridos em Maragogipe Crédito: Reprodução

A ex-prefeita de Maragogipe, Vera Lúcia dos Santos, denunciou que ela, familiares e amigos foram agredidos por policiais militares durante o Carnaval da cidade na segunda-feira (12). Imagens mostram os PMs empurrando e batendo nas pessoas com cassetete. 

A ex-gestora afirma que foi espancada pelos agentes. "Estávamos no meio da festa, sem brigar com ninguém. Estávamos no passeio da praça entre família. O prefeito (Valnício Armede) , num ato de covardia, agrediu o meu filho. O irmão dele [do prefeito] me deu um chute e os dois políciais, que são seguranças do prefeito, agrediram o ex-vereador (Luizinho, que também estava no evento)", conta. 

Em nota, a Polícia Militar informou que o ex-vereador foi conduzido para a delegacia da Polícia Civil que atende a região por desacato e resistência. Com relação à conduta dos policiais militares mostrada nas imagens, a entidade esclareceu que a situação será apurada pela Corregedoria.

Vera Lúcia afirma que todos passam bem, inclusive o flho do vereador, que precisou passar por cirurgia, mas está estável. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela pede oração e mostra cenas da ocorrência. "Eu peço a vocês orações para que o agressor pare de uma vez por todas com essa perseguição, que poderia ter acabado ainda pior [...] Essa covardia não pode continuar. Precisamos de paz!", escreveu. 

A Delegacia Territorial de Maragogipe investiga a lesão corporal sofrida por pai e filho durante os festejos de Carnaval. Um Inquérito Policial foi instaurado para apurar os fatos e guias periciais foram expedidas.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia emitiu nota lamentando a agressão. "Repudiamos veementemente quaisquer atos de violência de gênero, que não apenas ferem a dignidade da pessoa, mas também minam o princípio de igualdade e o direito de viver sem violência", diz. 

A reportagem solicitou posicionamento da Prefeitura e aguarda retorno.