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Fim de ano no Pelourinho: bares e restaurantes registram aumento de até 70% no faturamento

Melhora no segmento é motivada pela implementação do Natal Luz no Centro Histórico de Salvador

  • L
  • Larissa Almeida

Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 07:30

Restaurante Odoyá, no Pelourinho Crédito: Larissa Almeida/CORREIO

Uma bonita paisagem aliada a um bom som costuma pedir a companhia de uma refeição de qualidade. É seguindo essa lógica que os bares e restaurantes do Centro Histórico de Salvador, mais especificamente do Pelourinho, estão sendo beneficiados com a decoração e os shows que integram a programação de fim de ano de Salvador. Em um dos estabelecimentos, o faturamento chegou a aumentar 70% em comparação com o ano anterior.

O restaurante e bar que conseguiu esse incremento nas finanças neste mês de dezembro fica situado no Largo Quincas Berro D'Água e é conhecido por todos como Portal do Pelô. O carro-chefe do local são as moquecas e o risoto de carne seca com banana da terra. Segundo a proprietária Graciela Nepomuceno, dezembro costuma ser um mês de pouco movimento, mas esse ano surpreendeu.

“Dezembro não é tão movimentado, mas neste ano está tendo mais procura por conta da decoração do Centro Histórico. Aumentou em 70% meu faturamento. O público que vem para ver a decoração é o soteropolitano. Eu achei até bom porque tira a má impressão de que o Centro Histórico é violento e atraiu bastante pessoas para cá”, afirma.

A presença do público nativo também foi percebida no Restaurante Odoyá, que fica no Largo do Cruzeiro de São Francisco. “É uma coisa que a gente não vê há muito tempo. 90% dos clientes são pessoas nativas e isso está gerando uma receptividade muito boa. Nós aumentamos nosso faturamento em 15% a 20% com essa decoração de Natal. O mais interessante é que quem mais vem são as famílias, justamente para dar uma olhada. Com um show aqui na frente, fecha com chave de ouro essa visita ao Pelourinho”, destaca Josimar Prazeres, gerente do local.

O show citado por Josimar acontece no centro do Largo do Cruzeiro de São Francisco, onde um dos palcos foi montado pela prefeitura para apresentações musicais que integram a programação do Natal Luz do Centro Histórico. Ao redor do palco, outros bares e restaurantes, além do Odoyá, dispõem de cadeiras na parte externa, o que dá ao público a oportunidade de curtirem a festa enquanto podem se deliciar com os pratos e bebidas dos estabelecimentos locais.

Para José Iglesias, proprietário do Cuco Bistrô, a iniciativa de levar o Natal para o Centro Histórico tinha tudo para aliviar o caixa de todos os empresários que trabalham ali. Não fossem as chuvas, que diminuíram o movimento em 70%, o faturamento seria maior. “Nós tivemos dias de obter 20% a 30% no aumento do faturamento em relação ao ano passado. Muitas famílias vieram participar do evento e aproveitaram depois para vir comer aqui”, conta.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia(Abrasel-BA) foi procurada pela reportagem para avaliar os impactos da programação festiva do final de ano, no Centro Histórico de Salvador, nos bares e restaurantes locais. Em resposta, a Abrasel disse que não conseguiria responder dentro do prazo estipulado e indicou o contato da Associação do Centro Histórico Empreendedor (Ache).

Ao CORREIO, Leonardo Régis, presidente da Ache, elogiou a iniciativa do Natal Luz no Centro Histórico, mas ressaltou que o impacto foi relativo para cada segmento. “O impacto para bares e restaurantes depende da localidade do empreendimento e público alvo de cada operação. Não se valorizou os comerciantes informais que trabalham o ano todo no Pelourinho e também não se pensou na importância de garantir visibilidade para os comerciantes formais. O excesso de ambulantes terminou prejudicando a decoração e deixando quem trabalha no Pelourinho o ano inteiro insatisfeitos”, critica.

Para Leonardo Régis, a melhora no comércio é inegável, mas ainda falta organização. “ Acredito em melhora, mas ainda falta muita organização para antecipar lançamentos de projetos desse tipo e atrair turistas de forma específica para o Natal de Salvador. A iluminação ficou linda, mas a paisagem do Centro Histórico foi coberta por excesso de operações informais, obrigando inclusive comerciantes de outros segmentos a encerrarem suas atividade cedo”, aponta.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo