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Frutas e carnes: saiba como são feitos os picolés dados aos animais no zoológico

Temperaturas sobem em média 5°C nas épocas quentes

  • E
  • Emilly Oliveira

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 06:00

Parque Zoobotânico de Salvador desenvoveu estratégias com picolé
Parque Zoobotânico de Salvador desenvolveu estratégias com picolés de frutas Crédito: Arisson Marinho

Nesse calor, os picolés costumam ser uma boa opção para refrescar - inclusive os animais. Os moradores do Zoológico de Salvador, no bairro de Ondina, se esbaldam nos dias do aperitivo. Segundo o veterinário de animais silvestres e exóticos do local, Marcos Leônidas, a oferta é uma das estratégias para amenizar os efeitos negativos do calor sobre eles e são feitos de diversos sabores.

Para os que se alimentam de frutas e legumes ou não são exclusivamente carnívoros, o picolé é feito com frutas com mais líquido em sua composição, como maçã, melancia, manga e mamão. Nessa lista estão os primatas e aves, entre outros. 

Para os animais carnívoros, como as onças e os leões, o picolé é feito com o sangue da carne ou a própria carne é ofertada mais fresca, não congelada. Ainda segundo Leônidas, o picolé com o sangue da carne é ofertado apenas esporadicamente, para evitar problemas no sistema digestivo dos animais.

Assim como os humanos, os animais adotam comportamentos para reservar a energia drenada pela perda de líquidos nas épocas mais quentes do ano, como o verão. “Assim como nós somos afetados pelo calor, eles também são. A gente tende a praticar menos exercícios físicos durante o calor excessivo e tentamos reservar um pouco mais para cansar menos e perder menos líquido”, explica Leônidas.

Para driblar o problema, todos os animais recebem o aperitivo. Há cerca de 1400 no zoológico, de 134 espécies. Destas, 56 de aves, 45 de mamíferos e 31 de répteis, sendo 88% delas de origem brasileira. Das 134 espécies, 40 estão ameaçadas de extinção em seus habitats naturais.

Não há uma rotina definida para a oferta dos picolés, eles são dados aos animais conforme a necessidade de cada um deles. Leônidas destaca que a estratégia faz com que o aperitivo seja sempre atrativo, já que a medida é adotada pelo zoológico anualmente.

Não é só a equipe do zoológico que é munida de estratégias durante esse período. Depois de satisfeitos com os picolés, alguns macacos-pregos do zoológico quebram o alimento em algumas partes e o molham na água para derreter o gelo até ficar só os pedaços das frutas.

Calor

A fauna do zoológico é formada por espécies que se adaptam ao calor, por serem de regiões quentes de dentro e fora do país. Ainda assim, a ação mostra que o calor não deve ser negligenciado, nem mesmo com os animais.

De acordo com o meteorologista da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Giuliano Carlos, as temperaturas na capital baiana estão dentro do esperado para esta época do ano, mas na primavera e no verão, as temperaturas podem ser em média cinco graus mais altas do que no outono e no inverno.

Somado a isso, estão a incidência da radiação solar e os dias mais longos que conservam o calor. “O que acontece é um sistema de alta pressão, que intensifica a massa de ar quente e seco, fazendo com que reduza bastante a umidade, elevando as temperaturas”, explica Giuliano.

Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro