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Raquel Brito
Publicado em 3 de abril de 2024 às 08:00
As maiores avenidas da cidade são os pontos preferidos dos ladrões de cabos de cobre em Salvador. Algumas das mais afetadas são as avenidas ACM, Suburbana e Centenário. Em toda a cidade, foram registrados 165 furtos só em 2024, de acordo com a Diretoria de Iluminação Pública de Salvador (DSIP).
Segundo o diretor da DSIP, ngelo Magalhães, essa escolha se dá devido ao forte movimento de carros nessas regiões durante todo o dia, o que faz com que os furtos não sejam percebidos tão facilmente.
“As pessoas [que furtam] ficam agachadas, escavando para roubar os circuitos. Com a quantidade de veículos passando em alta velocidade, a tendência é que os outros não prestem atenção no que está ao seu lado”, diz.
Um desses casos aconteceu no cruzamento da avenida Getúlio Vargas e rua Juracy Magalhães, na madrugada de 6 de fevereiro. Na ocasião, foram furtados 300 metros de cabos de cobre utilizados para o funcionamento dos semáforos, além da via exclusiva do BRT no viaduto Georgina Erismann. O furto também impactou o serviço de internet de uma prestadora local.
Ângelo conta que, na Avenida Suburbana, que hoje passa por uma requalificação, foram roubados 14 km de cabos nos últimos dois meses. A Centenário também é um ponto constante: em uma praça da região, que foi entregue em novembro do último ano, foram gastos R$50 mil só em reparos de postes que tiveram cabos de cobre furtados nestes quatro meses.
Os moradores do Campo Grande também têm sofrido. “Lá, a gente tem um detalhe importante. No Campo Grande, só do Natal para cá, a gente gastou mais de R$500 mil na reposição de equipamentos e de iluminação. Isso serve para termos ideia de como esses meliantes têm agido na nossa cidade”, afirma o diretor.
A gerente de Desempenho da Neoenergia Coelba, Narah Rank, ressalta que o furto de equipamentos instalados na rede elétrica impossibilita a normalização remota de uma ocorrência. “Isto é: um restabelecimento de energia que aconteceria em segundos pode levar horas. Com isso, residências, hospitais, comércios e outros segmentos da sociedade são impactados pelo ato ilegal”, destaca.
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela.