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Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2024 às 14:00
Os quatro integrantes da Bamor que viraram alvo de operação após o espancamento de Vanderley Leal de Jesus, 26 anos, que foi agredido com barras de ferro no bairro de Pau da Lima, são ligados a outras ações violentas em Salvador. Segundo Arthur Gallas, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), os quatro participaram de atentados e até troca de tiros em pontos diferentes da capital.
"Houve uma situação há uns 10 dias, no final de semana retrasado, com uma tentativa de bomba em um ônibus onde tinham torcedores do Vitória. Antes disso teve uma situação na região da Barra, quando tiraram a camisa e espancaram o torcedor do Vitória. A terceira foi um atentado a tiros na Suburbana, que foram os mesmos elementos identificados", explica Gallas.
A operação Clássico da Paz, realizada na manhã deste domingo (12), contou com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão contra integrantes da torcida organizada. As buscas aconteceram na sede da Bamor, no bairro de Nazaré, e em endereços de suspeitos, na Ribeira, Periperi, Paripe e Iapi. Foram aprendidos celulares, tabletes, notebook e computadores.
Ainda de acordo com o diretor, além de investigados, os quatro serão responsabilizados pelas quatro ocorrências citadas. A ação da Polícia, até então, é direcionada apenas para as pessoas físicas. A Bamor, diretamente, não é alvo na operação Clássico da Paz. De acordo com Marcos Tebaldi, coordenador da Polícia Judiciária, no entanto, os investigadores apuram se houve conivência da diretoria da torcida organizada.
"Conseguimos apreender um vasto material que relaciona os indivíduos investigados a uma dessas torcidas organizadas. Agora queremos saber se, além do fato do cara ser sócio de uma determinada torcida, a diretoria dessa torcida tem ciência do comportamento desses sócios, se estão sendo coniventes com a ação desses torcedores", completou.
A ocorrência que deu origem à investigação foi o espancamento de Vanderley pouco antes do jogo entre Vitória e Palmeiras pelo Brasileirão. O rapaz ficou em coma até a última quinta-feira no Hospital Geral do Estado. A operação Clássico da Paz, no entanto, se estabelece como uma ação permanente da polícia na capital para coibir ações violentas de torcidas organizadas.