'Jerônimo insiste em um modelo falido', afirma ACM Neto após mortes na fila da regulação

O ex-prefeito de Salvador ainda apontou para a precariedade das regiões sem hospitais regionais, denominando-as de "buracos assistenciais"

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Publicado em 27 de maio de 2024 às 22:02

Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto
Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto Crédito: Divulgação

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, criticou, nesta segunda-feira (27), o sistema de saúde pública do governo Jerônimo Rodrigues (PT). Para ele, há um cenário alarmante de mortes na fila da regulação, principalmente, em Feira de Santana.

Nesse período do atual governo, segundo o ex-prefeito de Salvador, 374 pessoas morreram aguardando atendimento médico na cidade.

ACM Neto destacou o caso de uma senhora de 67 anos em Ipirá, que esperou sete dias por um internamento e não foi regulada a tempo. "Esse é o drama vivido por diversas famílias do nosso estado", lamentou.

O ex-prefeito de Salvador ainda apontou para a precariedade das regiões sem hospitais regionais, denominando-as de "buracos assistenciais", onde os pacientes enfrentam longas esperas para conseguir internamento e muitos acabam não recebendo atendimento, principalmente, no interior. Ele também lembrou a promessa feita por Jerônimo Rodrigues em 2022, quando era candidato a governador, de zerar a fila da regulação, o que não se concretizou.

"O problema só se aprofundou ao longo de 18 anos de governos do PT. Insistem nesse modelo que tem dado errado. Regulação falida", criticou o vice-presidente do União Brasil. Ele questionou até quando o estado continuará com um modelo de regulação ineficaz, e ressaltou que há bons exemplos de estados onde a fila anda e o atendimento é eficaz. "Temos bons exemplos de estados onde a fila anda. Até quando vamos ter um modelo de regulação que não funciona?", questionou.

Em entrevista ao CORREIO, publicada nesta segunda-feira, o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Alan Sanches (União Brasil), disse que o governo Jerônimo Rodrigues tem perseguido os pacientes de Salvador na fila da regulação.

“Eles (a Sesab) não priorizam pela gravidade dos pacientes, mas pelos seus municípios amigos, e isso jamais deveria ser feito. Isso não está certo”, declarou o parlamentar, que é médico por formação.