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Masturbação, ejaculação precoce e tadalafila: veja 12 mitos e verdades sobre a saúde sexual masculina

No mês em que se celebra o Dia do Homem, Sociedade Brasileira de Urologia desmistifica crendices e informações falsas virais na internet

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 19 de julho de 2025 às 13:00

Masturbação, ejaculação precoce e tadalafila: veja 12 mitos e verdades sobre a saúde sexual masculina
Masturbação, ejaculação precoce e tadalafila: veja 12 mitos e verdades sobre a saúde sexual masculina Crédito: Shutterstock

A cada novo vídeo viral sobre a saúde sexual masculina na internet, um mundo de desinformação sobre o assunto ganha força como se fossem verdades. Eles propagam tratamentos duvidosos e soluções milagrosas sem respaldo científico algum. Diante da insegurança e do receio de falar abertamente sobre o tema, muitos homens recorrem a conteúdos on-line, muitas vezes enganosos, em vez de buscar orientação médica adequada. Sim, especialistas alertam que a saúde sexual masculina ainda é envolta em tabus e desinformação.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizada em 2023 com 1.500 homens acima de 40 anos, revelou a dimensão dessa preocupação: 62% declararam ter um alto grau de preocupação com a vida sexual; 52% admitiram já ter falhado na hora H; e 63% disseram estar satisfeitos com o tamanho do pênis (26% apenas parcialmente). Ainda assim, 46% afirmaram que só procuram o médico quando sentem algo de errado.

Aproveitando o mês em que se celebra o Dia do Homem (15 de julho), a SBU reuniu os principais mitos e verdades sobre vida sexual masculina, a fim de desmistificar algumas fake news associadas ao tema. "Nosso objetivo é conscientizar os homens sobre a importância do cuidado com a saúde e estimulá-los a procurar um médico para esclarecer dúvidas e orientar sobre a saúde sexual, para que não caiam em armadilhas da internet sem comprovação científica", afirma Dr. Luiz Otavio Torres, presidente da SBU.

  • Tadalafila melhora o desempenho no treino: Mito
    A tadalafila é um medicamento indicado para tratamento de disfunção erétil; sintomas do trato urinário inferior relacionados à hiperplasia prostática benigna (HPB) e hipertensão arterial pulmonar. Apesar de amplamente difundido nas mídias sociais, não existem estudos científicos sérios comprovando que a tadalafila melhore desempenho no treino ou aumente a massa muscular.
    “A ideia de que a tadalafila melhora o desempenho físico ou ajuda a ganhar massa muscular é uma fake news que, de tanto ser repetida, virou ‘verdade’ para muita gente. Isso surgiu porque o medicamento pode causar vasodilatação e uma leve sensação de disposição — mas não há qualquer evidência científica de que melhore rendimento ou resultados em treino. Usar tadalafila com esse fim é arriscado: pode causar queda de pressão, às vezes séria, taquicardia, dor de cabeça e no corpo, distúrbios visuais e interações perigosas com outros medicamentos e suplementos. Além disso, banalizar o uso pode levar à dependência psicológica e até mascarar problemas reais de saúde. É um remédio sério, com indicações claras. Atalhos que prometem performance fácil muitas vezes levam a perigosas consequências”, esclarece Dra. Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação e coordenadora das campanhas de awareness da SBU.

  • Tomar Ozempic aumenta o tamanho do pênis: Mito
    O Ozempic, medicamento que vem sendo utilizado para emagrecimento, não tem relação com o crescimento peniano. A impressão de aumento na realidade está relacionada à perda de gordura, que faz com que a parte do pênis que ficava “escondida” na gordura pubiana apareça, gerando a falsa impressão.
    “O Ozempic é um medicamento injetável para o tratamento do diabetes tipo 2, e o uso não tem melhora no tamanho do pênis. Ainda devemos ressaltar os efeitos adversos, como náuseas, vômitos, constipação intestinal e raramente causar pancreatite”, alerta Dr. Fernando Facio, coordenador do Departamento de Andrologia, Reprodução e Sexualidade da SBU.

  • O uso da tadalafila por jovens aumenta o desejo sexual: Mito
    O medicamento não age sobre o desejo sexual e sem indicação médica pode gerar dependência psicológica.

  • Ejaculação precoce pode ser causada por fatores psicológicos: Verdade
    A ejaculação precoce é um distúrbio comum, frequentemente ligado a causas psicológicas como ansiedade, estresse e insegurança. Embora mais frequente no início da vida sexual, também pode afetar homens em outras fases. O mais importante é saber que há tratamento — com abordagem que pode incluir terapia e medicação — e que não há motivo para vergonha ao buscar ajuda especializada.

  • Só idosos sofrem com disfunção erétil: Mito
    A incidência de disfunção erétil aumenta com a idade, mas não é restrita a idosos. Ela pode estar ligada a fatores como consumo de bebida alcoólica, tabagismo, hipertensão, problemas cardiovasculares, diabetes e até questões psicológicas.

  • Usar anabolizantes pode causar infertilidade: Verdade
    O uso de esteroides anabolizantes pode alterar o eixo hormonal e levar ao bloqueio da produção natural de testosterona e de espermatozoides, podendo comprometer a fertilidade, às vezes de forma permanente. “O uso de esteroides anabolizantes tem como consequências também irritabilidade, ansiedade, insônia, acne, atrofia testicular, ginecomastia, hipertensão arterial, cardiomiopatias e hepatotoxicidade”, acrescenta Dr. Facio.

  • O tamanho do pênis influencia no desempenho sexual: Mito
    O desempenho sexual está relacionado a diversos fatores, como desejo, saúde cardiovascular, intimidade e confiança, e não ao tamanho do órgão genital.

  • Qualquer homem pode se submeter a alongamento peniano: Mito
    Procedimentos para alongamento peniano têm indicação restrita, como nos casos de micropênis, pênis embutido, malformações ou amputações, e devem ser realizados exclusivamente por urologistas habilitados. Já os preenchimentos penianos, usados para aumento da espessura, envolvem a injeção de substâncias no órgão. Apesar de populares, podem causar complicações graves — como lesão de vasos e nervos, infecção e dano permanente ao órgão — especialmente quando feitos por não especialistas com materiais e ambientes inadequados.
    “A maioria dos homens que procura por procedimentos estéticos penianos é portadora de um pênis normal, sem anormalidades ou defeitos anatômicos. Cabe também ao urologista que se propõe a fazer esses procedimentos identificar aqueles que têm um transtorno dismórfico-corporal, uma doença mental que se caracteriza pelo foco obsessivo em uma característica corporal, levando à busca abusiva e arriscada por procedimentos estéticos”, ressalta Dr. Roni de Carvalho Fernandes, diretor da Escola Superior de Urologia da SBU.

  • Tomar testosterona não apresenta riscos e ajuda na performance sexual: Mito
    Apesar de ser um hormônio essencial para a vida sexual masculina, a testosterona só deve ser usada com orientação médica e seu consumo sem que haja déficit no organismo pode gerar efeitos colaterais graves. “O consumo de testosterona pode melhorar a performance sexual quando seu nível está baixo no sangue e a reposição é orientada por um médico especialista”, esclarece Dr. Torres.

  • Masturbação faz mal à saúde: Mito
    A masturbação não faz mal à saúde, mas sua prática de forma excessiva pode impactar negativamente na relação a dois e até mesmo causar dependência.

  • Exames de rotina ajudam a prevenir problemas sexuais: Verdade
    Consultas regulares com o urologista permitem identificar precocemente condições que afetam a vida sexual, como diabetes, hipertensão, varicocele e desequilíbrios hormonais.

  • A vasectomia pode afetar a libido: Mito
    A vasectomia não tem nenhuma relação com o desejo sexual. Ela consiste no bloqueio do canal deferente, responsável por levar os espermatozoides dos testículos para a uretra. Após a cirurgia o homem continua ejaculando, porém sem espermatozoides. A sensação do orgasmo permanece a mesma.