Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Médico baiano preso em Israel vive incerteza sobre retorno ao Brasil: 'Está em pânico'

Ícaro Barros está alojado em um bunker privado para casos de bombardeiros

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 20 de junho de 2025 às 05:40

Anakláudia Barros e Ícaro Barros
Anakláudia Barros e Ícaro Barros Crédito: Arquivo pessoal

Um médico baiano de 36 anos, identificado como Ícaro Barros, vive momentos de aflição em uma cidade da Região de Metropolitana de Tel Aviv, em Israel. Isso porque está impedido de retornar ao Brasil por causa dos riscos de viajar em meio à guerra entre Israel e o Irã. Em entrevista ao CORREIO, a mãe do neurocirurgião, Anakláudia Barros, desabafou sobre as incertezas da volta do filho.

Ícaro desembarcou em Israel no último dia 11, com um amigo de Barcelona. Esta é a quinta vez que o baiano visita Israel. Na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta no horário de Brasília, os primeiros ataques causaram o primeiro susto.

No momento, Ícaro está em um imóvel com os amigos, com um bunker privado para casos de bombardeiros. Anakláudia fala com o filhos todos dias, via aplicativo de mensagem.

Embora esteja protegido em um bunker, a mãe continua aflita. "Até quando você pode em um lugar protegido de arma química? Você tem que sair, comprar alimento. Enfim, é complicado demais", desabafou a Anakláudia. Ele já não fala mais com a imprensa por causa da aflição.

"Isso tudo está mexendo psicologicamente com ele. Então, ele está meio que entrando em pânico com isso. Com isso, eu acho que estou passando muita ansiedade pra ele. Tô achando ele mais quietinho. (...) Eu estou aqui vivendo a dor, mas o problema é ele que está vivendo, estou diminuindo um pouco o ritmo justamente para não deixar ele aflito", disse Anakláudia.

A Anakláudia, que mora na em Itaberaba, na região da Chapada Diamantina, conta que envia e-mails para o Ministério das Relações Exteriores todos os dias. "A gente precisa chegar nas autoridades, quem tem o poder de resolver. Eu mando e-mail para o Itamaraty e não tenho uma resposta de 'estamos fazendo alguma'. É sempre não um 'não é pra sair de lá, é pra ter calma', mas o que de fato está sendo feito para tirar esse pessoal de lá?", disse.

Ícaro e Anakláudia Barros
Ícaro e Anakláudia Barros Crédito: Arquivo pessoal

Ícaro tem visto para dois países: Jordânia e Estados Unidos, o que pode facilicar a saída do médico de Israel. "Eu não estou vendo movimento da Embaixada Brasileira. Minha angústia é essa", disse. A reportagem tentou contato com o Ministério das Relações Exteriores, mas não obteve o sucessso até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Os 27 prefeitos brasileiros que estavam 'presos' em Israel conseguiram voltar ao Brasil por meio da Jordânia nesta semana. Anakláudia pede para que o filho e outros brasileiros sejam tratados da mesma forma que os políticos.

O médico baiano é natural de Itaberaba, mas deixou a cidade natal para estudar em Salvador, onde cursou o Ensino Médio e a faculdade de Medicina. Após se formar na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), foi morar em São Paulo. "Ele é louco por Israel, já disse que quando se aposentasse iria morar lá", disse Anakláudia.