'Melhoria que veio para ficar', diz Bruno Reis sobre passarela dos ambulantes

Novidade gerou questionamentos da oposição e do MP

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  • Elaine Sanoli

  • Gabriel Moura

Publicado em 4 de fevereiro de 2024 às 18:33

Estrutura está montada Crédito: Bruno Concha/Secom PMS

Uma das grandes, e polêmicas, novidades para o Carnaval de Salvador em 2024 é a passarela dos ambulantes em parte da avenida Oceânica. Em entrevista coletiva neste domingo (4), o prefeito Bruno Reis comentou o assunto e garantiu que trata-se de algo que "veio para ficar".

"Olha a passarela aí. Que sucesso. Você ganha três metros no local mais estreito do circuito, onde também há maior concentração de pessoas. Tenho certeza que todas as mudanças geram dúvidas, questionamento, mas essa é uma melhoria que vem para ficar", afirmou.

O prefeito comparou a situação com a implementação do Furdunço e Fuzuê há 10 anos.

"Na época, houve questionamentos sobre a a necessidade de mais dias de folia. Hoje é um sucesso. Quem está na vida pública tem que estar pronto para ser questionado e paciência para explicar o óbvio. Isso vai funcionar quando tivermos todos os testes e laudos. E todos ganham: folião, ambulante, segurança pública, limpeza... só vejo benefícios. Mesmo assim, tem gente que questiona e quer polemicar. Não tem problema, temos paciência para explicar", garantiu.

Entenda

Na quinta-feira (1º), o Ministério Público da Bahia emitiu uma nota recomendando que não fosse liberado o acesso e o uso da estrutura para o “Fuzuê” e o Furdunço”.

Um dia depois, o prefeito explicou os pedidos do Ministério Público a respeito da obra. "Não houve interdição, o MP pediu para a gente não utilizar a plataforma antes que fosse emitidos os laudos definitivos. É óbvio que não precisava nem ter pedido isso, porque não iríamos fazer isso", disse o prefeito.

Na nota, o MP pedia que a estrutura só fosse usada após expedição dos alvarás por órgãos técnicos. O MP também alertou para a preservação das balaustradas da Barra.

Também nesta quinta, a Auditoria Fiscal do Trabalho solicitou a paralisação das atividades. "Eles solicitaram a interdição, e aí cada um tem o direito de ter a sua opinião. Espero que o futuro possa mostrar que tinha muita gente querendo aparecer, mas caiu do cavalo. Não tem medida a ser adotada, depois dos laudos e pareceres, a prefeitura vai continuar montando a estrutura", afirmou Bruno Reis.

A passarela dos ambulantes é uma extensão atrás da balaustrada da avenida Oceânica. Lá, há um espaço destinado apenas aos vendedores, sem acesso do grande público.