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Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2024 às 19:46
Um grupo de moradores do bairro Mata Escura fechou o trânsito no início da noite desta terça-feira (6), na Av. Cardeal Avelar Brandão Villela. O motivo é a morte de um jovem de 18 anos que foi baleado e morto durante uma ação da Polícia Militar na última sexta-feira (2). Eles usaram contêineres de lixo para bloquear a via. O trânsito ficou congestiona >
Segundo familiares, o jovem identificado como Luiz Felipe Silva Soares havia chegado da escola, deixou a mochila em casa e saiu para ir até a casa da namorada. Minutos depois, a mãe teria ouvido os disparos e, ao chegar na rua, viu o filho ferido.>
Inicialmente policiais teriam informado a mãe da vítima que o jovem havia sido baleado na perna e foi socorrido para o Hospital Roberto Santos, mas ele não resistiu aos ferimentos.>
"Vi meu filho estirado, todo marcado de bala. Sempre lutei tanto por ele, desde os nove anos ele trabalha para me ajudar. Eu vou ficar assim? Nem que seja meu último ano de vida, eu quero justiça. Não vai ficar assim, eu vou na Corregedoria", dizia a mãe durante o protesto na rua. >
"Vocês não sabem a dor que estou sentido. Eu não sabia que doía tanto. Não está certo. Eles (policiais) entram aqui atirando, dando tapa na capa de morador, criança caindo morta no colo da mãe. Está errado", disse a mulher aos prantos. >
Outro morador que participou do protesto também falou que o jovem era muito querido pela comunidade. "Era um menino de bem. Começou no meu projeto de futebol aos quatro anos. Eu também sou pai. Meu filho está sofrendo muito com essa perda. Isso tem que acabar. Felipe não vai voltar mais, mas temos que fazer o protesto, pois se a gente ficar calado nunca vai mudar", disse o homem em entrevista à TV Aratu. >
O corpo de Luiz Felipe foi sepultado no domingo (4), com homenagens dos colegas do colégio onde estudava. A morte do jovem está sendo investigada pela 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central). Guias periciais e de remoção foram expedidas. Diligências estão sendo realizadas para identificar o autor dos disparos e esclarecer a motivação do crime.>
O CORREIO procurou a PM para esclarecimentos sobre a ocorrência e o protesto, mas não houve retorno até esta publicação. >